Nas últimas semanas o presidente Bolsonaro pautou a internet com as fotos onde ele aparece segurando uma caixa do remédio Cloroquina. A tática “fale bem ou mal mas fale de mim” parece ser a estratégia do presidente para trazer para si o foco e conseguir pautar imprensa e internet, além de revelar a histeria e o nível da oposição ao seu governp
O povo nem percebe que essa implicância exagerada com o Bolsonaro só o favorece, porque dá razão para que ele diga que é “perseguido”, e crítica de perseguidor não tem valor.
Se o foco fosse questões sólidas, como o desinteresse do governo na pauta anticorrupção, a articulação torta para apresentar e aprovar reformas, os ruídos desnecessários, etc., era uma forma muito melhor de criticar o governo Bolsonaro
Mas não, a crítica é tudo bobagem. Ainn vai fazer churrasco, impeachment já ! Ainn andou de moto ! Ainn falou com os garis ! Ainnn mostrou a caixa do remédio pra ema ! Ainnn foi bicado pela ema ! Ainnn é vendedor de remédio ! Ainn bebeu leite ! Ainnn é genocida !
Isso desmorona qualquer resquício de credibilidade que tinham os críticos. E é ótimo para o governo.
Como disse Hayek:
“Quase por uma lei da natureza humana, parece ser mais fácil aos homens concordarem sobre um programa negativo – o ódio a um inimigo ou a inveja aos que estão em melhor situação – do que sobre qualquer plano positivo. A antítese “nós” e “eles”, a luta comum contra os que se acham fora do grupo, parece um ingrediente essencial a qualquer ideologia
capaz de unir solidamente um grupo visando à ação comum. Por essa razão, é sempre utilizada por aqueles que procuram não só o apoio a um programa político mas também a fidelidade irrestrita de grandes massas.”
Se os antibolsonaristas que a gente vê fossem inteligentes e fizessem críticas fundadas, todo mundo estaria do lado deles, afinal, até eu.
