Parque da Cidade pode ficar apenas no papel. Entenda
Conforme foi dito na coluna “nádegas a declarar” a verdadeira intenção do governador Helder Barbalho em convidar o presidente Jair Bolsonaro para a inauguração do Porto Futuro foi por conta do interesse na cessão dos espaços do Aeroclube e da área portuária de Belém.
No entanto, o tiro saiu pela culatra. Bolsonaro já sabia dos ataques que vem sofrendo nos portais de notícias do governador Helder Barbalho. Tanto que no discurso, o presidente reforçou as ações do governo do Federal para combater a pandemia no estado do Pará.
Acontece que esse conflito coloca em cheque não só a continuação do Porto Futuro como o Parque da Cidade, a ser instalado na área do aeroclube. Bolsonaro isolou Helder durante toda a cerimônia, ou como diz em linguagem popular, Helder foi merendado.
Ontem o governo do estado, através da SECULT, finalizou o processo de escolha do projeto arquitetônico a ser implantado na área do Aeroclube. Helder tocou no assunto no dia da inauguração do Porto Futuro, mas foi ignorado.
Sem muita saída para um conflito criado pelo próprio Helder, o governo do estado está oferecendo mundos e fundos pelo Aeroclube. Helder está disposto a investir R$15 milhões como contrapartida para adaptar o aeroporto internacional de Belém para receber aeronaves de pequeno porte. Outra oferta é ceder uma área na região metropolitana de Belém para fazer um novo aeroporto.
Sem definição da cessão e sem certeza de que essa negociação entre o governo do estado e o governo federal irá para frente, dado o conflito criado por Helder, Ursula e sua SECULT, adiantaram o processo de escolha do projeto arquitetônico sem ter em mãos a confirmação que o espaço passou para administração estadual.
Portanto, há um risco altíssimo de o projeto escolhido, já amplamente divulgados nas redes sociais e nos portais locais, fiquem apenas no papel. É bom lembrar que nesse processo, foi gastos recursos públicos, que podem ir para o ralo caso Helder não consiga se entender com o governo federal.