
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta terça-feira (21), o primeiro foco da praga conhecida como Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (Ceratobasidium theobromae) no Pará. A ocorrência foi registrada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no extremo norte do município de Almeirim, próximo à fronteira com o Suriname.
A inspeção foi realizada em 28 de abril por técnicos da Superintendência Federal de Agricultura do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), após o recebimento de uma denúncia. As plantas com sintomas suspeitos estavam na Aldeia Bona, dentro da terra indígena.
Duas amostras foram coletadas no local e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiás (LFDA/GO). Os laudos confirmaram a presença da praga nas duas amostras.
Segundo o Mapa, o foco encontra-se em uma área remota, de difícil acesso, habitada por comunidades indígenas que têm vínculo administrativo com o estado do Amapá. A região está longe dos principais polos de produção de mandioca no Pará e só pode ser acessada por voos fretados.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, está realizando levantamentos fitossanitários em todo o estado, como parte do Plano Emergencial para Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. Até o momento, não há registro da praga em áreas comerciais nem interceptação de material contaminado nas barreiras de fiscalização instaladas no norte do Pará.
“O Mapa atua de forma coordenada com os órgãos estaduais de defesa agropecuária na vigilância, diagnóstico e contenção da praga, reforçando medidas de biosseguridade e evitando sua disseminação para áreas comerciais”, informou o ministério em nota.