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Belém teve o pior orçamento per capita entre as capitais brasileiras em 2024

Apesar de ser a 11ª cidade mais populosa do país, capital paraense possui orçamento menor que o de várias cidades menores; COP30 dá fôlego, mas futuro preocupa.

Belém entrou em 2024 com o menor orçamento per capita entre todas as capitais brasileiras. Com pouco mais de R$ 5,9 bilhões disponíveis, a cidade teve, em média, apenas R$ 3,5 mil por morador para investir em áreas como saúde, educação, infraestrutura, cultura, lazer e para manter a própria máquina pública funcionando.

Mesmo sendo a 11ª cidade mais populosa do Brasil, a capital paraense ocupa apenas a 20ª posição no ranking de arrecadação municipal. Superada por cidades de porte médio e até por municípios do interior, Belém perde em capacidade de investimento até mesmo para vizinhas como São Luís (MA), capital do estado mais pobre do país, além de Campo Grande (MS), Niterói (RJ), São Bernardo do Campo (SP), entre outras.

Cidades com população significativamente menor, como Barueri (SP), com cerca de 330 mil habitantes, também se aproximam rapidamente da capital paraense em volume orçamentário. Capitais como Teresina (PI) e Maceió (AL) já encostaram.

A explicação passa por fatores estruturais. A economia belenense ainda é fortemente concentrada nos setores de comércio e serviços, sem uma base industrial consolidada. Isso limita a arrecadação própria e mantém o município dependente de repasses estaduais e federais.

A chegada da COP30 trouxe um alívio. São mais de R$ 4 bilhões em obras estruturantes previstas para preparar a cidade para o maior evento climático do mundo. Os investimentos representam uma oportunidade histórica de requalificação urbana. No entanto, o desafio está no “depois”.

Belém precisa começar a se planejar para o período pós-COP, investindo em mecanismos que fomentem o desenvolvimento econômico de forma sustentável. Isso inclui melhorar a arrecadação sem aumentar impostos, criar um ambiente desburocratizado para atrair investimentos e buscar autonomia financeira. Em outras palavras, caminhar com as próprias pernas.

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