Essa programação não é indicada para quem tem medo de assombração. Você já ouviu falar no Cortejo Visagento? O evento, que já teve duas edições, conta com um passeio e contações de histórias assombrosas.
Neste ano, o evento está programado para ocorrer no dia 31 de outubro, com concentração no Cemitério Santa Izabel.
Assista ao vídeo do Cortejo realizado em 2019:
No vídeo, Átila Monteiro, filho do escritor Walcyr Monteiro, conhecido pelas várias obras de visagens, mitos e lendas da Amazônia, fala sobre o evento e o legado deixado pelo pai.
“Meu pai defendia que nós tínhamos que ter orgulho de nossa, cultura, de nosso folclore e lendas da Amazônia”, comentou. “Não deixemos que nossa Matinta Pereira desapareça, que ela esteja sempre presente não só nas matas, mas também nas cidades, nos pequenos vilarejos, mas nas grandes metrópoles como Belém. Walcyr Monteiro coletou, durante toda sua vida, essas histórias e deixou registrado em suas mais de 19 obras, finaliza no vídeo”.
O perfil do Instagram @lendasdaamazonia, compartilhou que neste ano a terceira edição do evento ocorrerá no dia 31 de outubro, com concentração à meia noite, em frente ao Cemitério Santa Izabel, bairro do Guamá.
“É um movimento de resistência cultural, valorizando as tradições da nossa terra e da nossa região”, reforça Átila Monteiro, que também é organizador do evento.
“Ao invés de comemorarmos no dia 31 de outubro o “Halloween” que é uma festa do folclore norte-americano, meu pai, Walcyr Monteiro, idealizador do I Cortejo, propôs que nós passassemos a comemorar um dia ligado aos personagens que compõem o cenário amazônico: Matinta-Perêras, Mapinguaris, Curupiras, Iaras, Botos, Moça do Táxi (Josephina Conte) Lobisomens, entre outros, ganham espaço no cortejo visagento. Esperamos ganhar Visibilidade e entrar no no Circuito Cultural de Belém”, encerra.
Por conta da pandemia da Covid-19, o cortejo não foi realizado no ano passado.
Walcyr Monteiro
O escritor paraense Walcyr Monteiro, morreu em maio de 2019 aos 79 anos.
Walcyr é autor de obras como “Visagens e Assombrações”, que conta histórias de lendas paraenses. O livro rendeu adaptações audiovisuais, como o longa-metragem Lendas Amazônicas (1998) e o curta-metragem Visagem (2006).
