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Babá é investigada por suspeita dopar bebê em Belém

Pais revisaram imagens de câmeras de segurança após desconfiarem do comportamento da criança; exame toxicológico foi realizado e laudo deve sair em até 30 dias

A Polícia Civil do Pará investiga um caso de possível dopagem de um bebê de 11 meses por uma babá no bairro do Marco, em Belém. A ocorrência foi registrada na noite da última quinta-feira (19), por volta das 22h, no apartamento onde a criança mora com os pais.

Segundo os responsáveis, o bebê apresentou comportamento considerado anormal após ingerir uma mamadeira. Diante disso, os pais decidiram revisar as imagens das câmeras de segurança instaladas no imóvel.

Nas gravações, a funcionária aparece segurando a criança com um braço enquanto mantém a outra mão escondida. Em determinado momento, a babá cobre parcialmente o rosto do bebê com uma fralda e parece introduzir um objeto na boca da criança.

Após assistir aos vídeos, os pais revistaram a mochila da babá e encontraram dois medicamentos controlados de uso adulto: quetiapina 50mg, um antipsicótico, e sertralina 50mg, um antidepressivo com ação ansiolítica.

A mulher inicialmente negou ter ministrado qualquer substância à criança, mas depois admitiu que deu um medicamento, alegando que seria “Calman”, um fitoterápico usado para tratar ansiedade leve.

O bebê foi encaminhado a um hospital, onde passou por lavagem gástrica e recebeu carvão ativado, procedimento utilizado para tentar reduzir a absorção de substâncias no organismo.

A Polícia Militar foi acionada e conduziu a babá até a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DATA). No local, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e a mulher foi liberada ainda na mesma noite, deixando a delegacia em uma motocicleta.

Na sexta-feira (20), o bebê passou por exame toxicológico no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O laudo pericial deve ser concluído no prazo de 15 a 30 dias.

A Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar os fatos e solicitou as perícias necessárias. A família da criança também registrou boletim de ocorrência e acompanha o andamento das investigações.

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