Prefeitura de Belém e Embaixada da Venezuela homenagearam inspirador da ditadura venezuelana
A Prefeitura de Belém e a Embaixada da Venezuela promoveram uma homenagem ao líder histórico Simón Bolívar, considerado responsável pela libertação e independência de diversos países da América do Sul e Central. No entanto, a iniciativa tem gerado controvérsias devido às críticas de que a prefeitura estaria flertando com ideologias que ferem os direitos humanos e utilizando a máquina pública municipal para fins políticos e ideológicos.
Essa não é a primeira vez que a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues é questionada em relação a homenagens de cunho político. A Agência Belém, ligada à prefeitura, já foi utilizada anteriormente para realizar homenagens à ditadura cubana, além de destacar parcerias com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que é conhecido por invadir terras. Essas ações têm levado a críticas e a um sentimento de arrependimento por parte daqueles que votaram em Rodrigues nas eleições de 2020.
Desta vez, a homenagem ocorreu na praça da Bandeira, em Belém, onde está localizado um busto de Simón Bolívar. O ato contou com a presença do prefeito Edmilson Rodrigues e do embaixador da Venezuela no Brasil, Manuell Vicente Vadell. Durante a cerimônia, foi entoado o hino do Brasil e da Venezuela pela Banda da Guarda Municipal, e uma coroa de flores foi colocada próxima ao busto.
Simón Bolívar foi uma figura importante na história da América Latina. Em sua breve vida de 47 anos, ele desempenhou um papel ativo na luta pela independência e libertação de países como Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Panamá. Sua atuação também teve impacto simbólico em países como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, que conquistaram sua independência durante o mesmo período.
No entanto, é importante ressaltar que o bolivarianismo, ideologia associada a Bolívar, recebeu diferentes interpretações ao longo do tempo. Nos últimos anos, o termo tem sido utilizado principalmente em referência ao governo de Nicolas Maduro na Venezuela, que adotou uma política conhecida como “socialismo do século XXI” e estabeleceu uma confederação de nações chamada ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), na qual o Brasil também esteve envolvido durante a gestão do presidente Lula.