
O governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), estuda remanejar R$ 90 milhões inicialmente reservados para a obra de derrocamento do Pedral do Lourenço, no rio Tocantins, no Pará, para a construção do terminal portuário Manaus Moderna, no Amazonas.
A justificativa apresentada pelo DNIT é que a obra paraense recebeu apenas recentemente a licença de instalação ambiental, o que impossibilitaria a execução completa do valor disponível ainda em 2025. Com isso, a proposta seria utilizar os recursos em uma obra já licenciada e com execução imediata no Amazonas, evitando o risco de devolução de verbas ao Tesouro.
A construção do terminal Manaus Moderna é orçada em mais de R$ 974 milhões e deve ocupar uma área de 201 mil m² às margens do rio Negro, no centro da capital amazonense. O projeto prevê três áreas de atracação de embarcações, um terminal de passageiros com 1,7 mil m² e um pátio de cargas de 3 mil m², com previsão de entrega em dois anos.
Enquanto isso, o Pedral do Lourenço, cuja obra no Pará tem duração estimada de três anos, prevê a remoção de obstáculos naturais ao longo de 300 km do rio Tocantins, garantindo navegação permanente e segura. Quando finalizado, o projeto poderá viabilizar o escoamento de até 40 milhões de toneladas por ano, com redução significativa nos custos logísticos para o setor produtivo.
O Ministério de Portos e Aeroportos informou que a proposta de remanejamento ainda está em análise e que nenhuma decisão definitiva foi tomada. Governos estaduais do Pará e do Amazonas acompanham o caso, mas ainda não se pronunciaram oficialmente.
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