
O Governo Federal formalizou, por meio da Casa Civil, um contrato de R$ 263 milhões com a Embratur para viabilizar seis mil leitos de hospedagem em navios de cruzeiro durante a Conferência do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém em 2025. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24) pelo secretário Extraordinário para a COP30, Valter Correia, em evento que marcou a contagem de 200 dias para o início do evento.
Segundo o governo, as empresas MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros demonstraram interesse na operação. Os navios serão atracados no porto de Outeiro, distrito de Belém, que passa por adequações estruturais.
Hospedagem alternativa para o evento
O contrato firmado com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), nomeado como Garantia de Solução de Hospitalidade, inclui ações de planejamento, gestão e supervisão das operações de hospedagem flutuante.
De acordo com o secretário Valter Correia, “a Embratur vai contratar a operadora, que na sequência contrata os navios. Esses contratos já estão bastante avançados e creio que nos próximos dias já tenha essas contrações de todas as partes já concretizada”.
Do montante total previsto, R$ 30 milhões serão cobertos diretamente pelo Governo Federal. O restante será financiado por meio da venda de cabines ao público, a ser realizada pela operadora escolhida.
Leitos reservados para delegações e países em desenvolvimento
Dos seis mil leitos previstos, 600 serão destinados à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Outros 500 leitos serão reservados para países em desenvolvimento, com os custos cobertos por meio do Fundo Fiduciário da UNFCCC ou pelas próprias nações interessadas.
A elaboração do contrato envolveu a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de garantir conformidade legal e transparência.
Navios devem atracar em Outeiro
Os navios que receberão os hóspedes da COP30 devem atracar no terminal portuário de Outeiro, em Belém. A estrutura, operada pela Companhia Docas do Pará, já atua com transporte de cargas e não exige dragagem adicional. As obras em andamento visam ampliar a capacidade para embarcações com mais de 300 metros de comprimento.
A previsão do governo é que os cruzeiros ofereçam entre quatro mil e cinco mil leitos adicionais à rede hoteleira da cidade.
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