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Com várias cidades cancelando carnaval, prefeitura de Belém ainda não se pronunciou sobre o assunto

A prevenção para que não ocorra uma quarta onda de casos de Covid-19 tem levados diversos municípios brasileiros a cancelar o carnaval 2022. Nesta semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o mundo está entrando na quarta onda da Covid. Na Europa, diversos países já sofrem com aumentos de casos.

No Pará, a cidade de Santarém saiu a frente. Nesta terça-feira, 23, o prefeito Nélio Aguiar anunciou sobre o cancelamento da festa de réveillon e também do Carnaval em 2022. Esse é o segundo ano consecutivo que os eventos não acontecem devido à pandemia da covid-19.

O motivo do cancelamento, segundo o prefeito, se dá pela proteção à saúde dos municípios e ainda, afirma ele, porque a cidade continua com casos confirmados da doença da covid-19, mesmo que em um número menor. “Não temos segurança total para realizar os eventos culturais em praças públicas, os eventos em ambientes fechados estão liberados com restrições de público e exigência do certificado de vacinação”, enfatizou.

Em Belém,por outro lado, a prefeitura ainda não se pronunciou sobre o assunto. Vale lembrar que recentemente, tanto o prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) como o secretário de Saúde, Maurício Bezerra, falaram em tom de expectativa positiva sobre a realização do carnaval 2022 na capital paraense.

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O calendário de Belém no carnaval é diferente do resto do Brasil. Aqui o primeiro grito de carnaval acontece ainda em dezembro, quando o bloco Império Romano leva milhares de foliões pelas ruas do bairro do Umarizal no dia de natal. Em janeiro e fevereiro, blocos costumam reunir multidões pelas ruas do bairro da Cidade Velha. Ou seja, tecnicamente, falta um mês para que os foliões comecem a sair pelas ruas de Belém.

“Tenho motivos para acreditar que em fevereiro poderemos ter Carnaval nas ruas“, disse o prefeito ao jornal O Liberal em setembro.

“Estou muito esperançoso que em fevereiro de 2022 não haverá mais surtos da epidemia da covid-19, principalmente com o avanço da imunização contra a doença”, disse.

“Tenho todos os motivos para acreditar que em fevereiro do ano que vem poderemos ter o Carnaval nas ruas, como sempre realizamos. Com blocos de rua, os tradicionais e as escolas de samba”, finalizou o prefeito ao jornal.

Tais declarações geraram polêmica, não só porque foram feitas com a pandemia ainda vigente, como foram na mesma época que em o decreto sobre ampliação do cenário de calamidade foi emitido e posteriormente aprovado pela ALEPA.

A aprovação do decreto deixa o prefeito afastado de obedecer a lei de responsabilidade fiscal, como a possibilidade de realizar compras sem licitação.

Os discursos são contraditórios e incoerentes, pois se há necessidade de ampliar o decreto de calamidade pública, é sinal que a pandemia ainda inspira cuidado, no entanto, se isso é verdadeiro, por que então falar em realizar carnaval?

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Nesta ano, mesmo sem carnaval oficial, a prefeitura desembolsou cerca de R$2,2 milhões para blocos de ruas e escolas de samba.

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