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Benevides e Ananindeua têm as melhores redes municipais de educação do Pará

O pequeno e pacato município de Benevides, encravado no entorno de Belém, tem 65 mil habitantes e aproximadamente 9,8 mil estudantes matriculados na rede pública municipal. Ele não é conhecido por ter arrecadação escalafobética, até porque não tem, tampouco por pagar salários exorbitantes. Mas é destaque positivo no que mais importa: educação.

Benevides é simplesmente o campeão do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Pará, quando analisada exclusividade as redes públicas municipais de ensino, segundo o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que divulgaram o índice no último final de semana. O Ideb é o principal dado de mensuração da educação básica, calculado a partir das notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A nota vai de 0 a 10.

Tendo aplicado R$ 60,256 milhões em educação durante todo o ano passado, numa média de R$ 6.417 por aluno, segundo levantou o Blog do Zé Dudu, Benevides teve nota 5,6 no Ideb dos anos finais do ensino fundamental e 6,1 nos anos iniciais.

Seu vizinho Ananindeua também compartilha do “segredo” da prosperidade no mais importante indicador da educação básica brasileira. Segundo mais populoso município do estado, com 545 mil habitantes, Ananindeua contabiliza 43,1 mil matrículas na rede pública municipal e aplicou R$ 212,364 milhões no ensino e na aprendizagem dos alunos durante todo o ano passado. O resultado foi a pontuação de 5,1 nos anos finais do ensino fundamental e o segundo lugar estadual, posição que compartilha com Vitória do Xingu, e 5,5 nos anos iniciais, ocupando a terceira colocação.

Benevides e Ananindeua ainda têm caminho longo a percorrer caso queiram se igualar aos medalhões da educação básica nacional, situados no estado do Ceará. Mas os dois paraenses metropolitanos já estão no caminho certo. Nos anos iniciais, o município cearense de Ararendá é líder com nota 9,5 e é acompanhado dos conterrâneos Mucambo (9,4), Frecheirinha (9,20), Jijoca de Jericoacoara e Pires Ferreira (9,1 ambos) e Cruz (9). O mesmo município de Ararendá lidera nacionalmente a nota dos anos finais do ensino fundamental, com 8,1 pontos, seguido dos vizinhos Pires Ferreira (7,9), Uruoca (7,7), Cruz (7,6) e Catunda (7,3).

Parauapebas sai do Top 5

Desde a primeira edição do Ideb, o município de Parauapebas não ficava fora das cinco maiores notas dos anos finais do ensino fundamental no confronto entre redes públicas municipais, mas em 2021 isso aconteceu. Embora o Ideb nos anos finais tenha crescido de 4,4 para 4,9, avançou menos que no resto dos municípios. Nos anos iniciais, o resultado foi pior: o Ideb despencou de 5,6 para 5,4.

Essa tendência — de aumento do índice nos anos finais e queda nos anos iniciais — não é exclusividade de Parauapebas: ela foi repetida em municípios da região, o que, segundo especialistas, pode ser explicado pelos impactos da pandemia de coronavírus, que afetou mais a aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Por isso, os resultados da Capital do Minério encontram-se dentro da normalidade.

Os vizinhos Curionópolis, Canaã dos Carajás, Eldorado do Carajás e Marabá tiveram desempenho proporcionalmente semelhante. Em Curionópolis, nos anos finais, o Ideb evoluiu de 4,4 em 2019 para 4,7 em 2021, mas caiu de 5,4 para 5,3 nos anos iniciais no mesmo período. Já em Canaã subiu de 4,2 para 4,6 nos anos finais e caiu de 5,1 para 4,8 nos anos iniciais. Eldorado, por seu turno, deu salto importante na nota dos anos finais do ensino fundamental, de 3,8 para 4,6 entre 2019 e 2021, mas encolheu nos anos iniciais, caindo de 4,6 para 4,4. Enquanto isso, Marabá subiu levemente de 4,3 para 4,4 nos anos finais e caiu de 5,1 para 5 nos anos iniciais.

Com informações Blog do Zé Dudu

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