CRIME

PM que matou cachorro diz ter sido atacado pelo animal, diz delegado

Cabo da Polícia Militar, Luiz Augusto de Almeida da Silva, de 34 anos, foi ouvido na tarde desta segunda-feira (28) pela delegada Rosa Malena Abreu, na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa). Ele é acusado de matar um cachorro a sangue frio com dois tiros, na manhã do último dia 25 de dezembro, data de celebração natalina.

O crime ocorreu no bairro da Pedreira, em Belém, na esquina de um prédio localizado na travessa Angustura com a avenida Visconde de Inhaúma. De acordo com testemunhas, o homem teria se dirigido ao local pouco após o pai dele ter sido mordido por um cachorro de rua.

O pai do policial também foi ouvido na delegacia. Apenas o advogado Paulo Santiago falou com a imprensa após o término do depoimento, sem dar muitos detalhes do depoimento, entretanto. De acordo com o representante do acusado, o PM assume o crime, mas ainda é necessário que o caso seja melhor esclarecido. “As coisas estão sendo esclarecidas. Meu cliente não está se escusando de responder os atos por ele cometido em nenhum momento, tanto que logo após o fato ele procurou uma unidade de polícia para fazer a ocorrência necessária”, enfatiza. Luiz Augusto também será ouvido pelo poder judiciário, frisou ainda o advogado. “Pode não ter sido um bom dia pra ele, mas ele teves os motivos”, informou.

O depoimento foi acompanhado por diversos representantes de abrigos da causa animal e protetores independentes, que o receberam com gritos de “assassino” nos dois momentos em que ele foi visto na delegacia, usando uma máscara preta, boné e óculos escuros que quase cobriam seu rosto totalmente.

Acusado diz ter sido atacado pelo cão

De acordo com o delegado Waldir Freire, titular da Demapa, a versão que o acusado sustenta é um pouco diferente do que a levantada no local. Ele afirma ter ido ao local, tentar encontrar os tutores do animal que havia atacado seu pai, quando também foi alvo do ataque do cão. A versão, entretanto, é contestada por pessoas que presenciaram o crime, que afirmam que ele teria voltado ao local com o único propósito de execução.

De acordo com o delegado Waldir Freire, titular da Demapa, a versão que o acusado sustenta é um pouco diferente do que a levantada no local. Ele afirma ter ido ao local, tentar encontrar os tutores do animal que havia atacado seu pai, quando também foi alvo do ataque do cão. A versão, entretanto, é contestada por pessoas que presenciaram o crime, que afirmam que ele teria voltado ao local com o único propósito de execução.

Policial foi afastado preventivamente

Após a repercussão do caso, o Governador Helder Barbalho anunciou, no sábado (26), que o PM seria afastado imediatamente da corporação. No domingo (27), a Polícia Militar confirmou que o cabo foi afastado do policiamento ostensivo e responderá um processo administrativo que teve início nesta segunda. “Ele não foi exonerado, mas afastado. Esse é o procedimento normal depois do procedimento, com várias penalidades, pode ser até que ele venha a ser exonerado. Ele foi afastado preventivamente. É uma questão administrativa pra evitar que haja confrontos assim que com qualquer servidor público que cometa um crime”, explica ainda o delegado.

Luiz Augusto de Almeida da Silva integra a equipe da Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR) e está na corporação da Polícia Militar há sete anos.

Fonte O Liberal

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