
O caso de Lívia Letícia se tornou público na quarta-feira, 15, através de uma postagem no Instagram, feita pela Pedagoga Lucyene Nascimento, que contou o drama vivido pela jovem que teve seu sonho de ingressar na Universidade, interrompido.
“Um sonho que se tornou pesadelo”, escreveu. De acordo com a publicação, Lívia trabalhava como garçonete das 6h às 18h e aproveitava o período da noite para estudar para a prova. Lucyene também ressaltou que a universidade não ofereceu tempo hábil para a entrega dos documentos necessários: o listão de aprovados saiu na sexta-feira, 17 de fevereiro, antes do carnaval, e a data para a entrega dos documentos foi na quinta-feira, dia 23 do mesmo mês (depois do carnaval).
Segundo a denúncia, a caloura conseguiu entregar a documentação, mas esta foi indeferida pela Universidade por não ser considerada de baixa renda. Entretanto, a família da jovem receberia menos de um salário-mínimo, e a UFPA exige 1,5 salário-mínimo per capita para entrar na cota.


Nas redes sociais de Lívia é possível ver fotos do dia da festa, ao lado de seus avós, com quem mora no município de Capanema, região nordeste do Pará. Uma das fotos mostra uma cartaz ao fundo, com letras em amarelo, vermelho e preto: “É Federal, Lívia Letícia, Medicina (UFPA), Orgulho da família e da escola Oliveira Brito”.
A jovem está vivendo um pesadelo após saber da decisão. O caso será levado para justiça e algumas pessoas estão se mobilizando para ajudar a chegar na Defensoria Pública da União.
A UFPA ainda não se pronunciou.