Coluna

Sem ter mais parentes para nomear em cargos públicos e para receber honrarias, Helder concede-as a ele próprio

Por Eduardo Cunha

Parece manchete de site de humor, do estilo O Sensacionalista, mas não é.

Na quarta-feira, 1, o governador Helder Zahluth Barbalho se autocondecorou, por decreto, a uma das mais altas honrarias do estado do Pará, a “Ordem do Mérito de Dom Pedro II”. Ou seja, Helder se autonomeou “comendador”.

Já vi quase de tudo nesta vida. Aliás, é de todos conhecida a frase “Na política, até boi pode voar”. Mas confesso que estas “autoproclamações” e “autocondecorações” ainda me surpreendem.

Ainda outro dia, um ator da Rede Globo se autoproclamou Presidente do Brasil nas redes sociais. Vá entender, tem doido pra tudo!!!

Tenho pra mim, que essas pessoas começam se tratando na terceira pessoa, tipo o Pelé, o Lula ou o Renato Aragão. Daí a se auto-homenagearem é só um pulinho, como se o Edson Arantes do Nascimento concedesse uma medalha ao melhor jogador de futebol de todos os tempos, o Pelé. Ou o Renato Aragão, ao Didi.

Confesso que no caso de Helder, não sei muito bem para qual “personagem”. Seria a homenagem ao “Cavanhaque”?

Bem, também não sei quais os seus feitos são dignos de receber a medalha: o caso dos respiradores? Das garrafinhas? Das ambulâncias?

Só me resta crer que, após já ter nomeado todos os seus parentes em cargos públicos e lhes concedido honrarias, só lhe reste mesmo a si próprio para agraciar.

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