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Produção de Castanha-do-Pará impulsiona economia do Oeste Paraense em 2024

Os municípios de Óbidos, Oriximiná e Alenquer, no oeste do Pará, são os líderes na produção de castanha-do-pará este ano. Essa posição foi conquistada graças à autorização do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) para a coleta antecipada nas florestas estaduais do Trombetas e do Paru, devido à abundância da safra.

A produção total ultrapassou 8,8 mil toneladas, avaliadas em mais de R$ 31 milhões, contribuindo para a economia local. A atividade extrativista da castanha-do-pará é essencial para a geração de renda e para o fortalecimento da bioeconomia na região, consolidando-se como uma das principais fontes de subsistência para muitas famílias.

Ozias Aquino, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), ressalta que a assistência fornecida pela Emater é fundamental para o sucesso da atividade extrativista, apoiando os municípios na elaboração dos cadastros necessários, facilitando o acesso a políticas públicas e promovendo a comercialização dos produtos.

Waldiclei das Mercês, um extrativista de Almeirim, destaca a importância da produção de castanha-do-pará para a subsistência de sua família e de sua comunidade. Ele explica que os cursos oferecidos pelo governo estadual têm incentivado práticas sustentáveis, contribuindo para a preservação ambiental e para a sustentabilidade das florestas.

O Ideflor-Bio autorizou mais de 600 trabalhadores cadastrados a coletar castanhas na Floresta Estadual do Trombetas, que abrange os municípios de Oriximiná, Óbidos e Alenquer. A antecipação da coleta da castanha-do-pará também foi autorizada na Floresta Estadual do Paru, que inclui Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos, devido à grande quantidade de ouriços já caídos. Essas medidas têm como objetivo garantir que a atividade seja realizada de maneira responsável, sem prejudicar o ecossistema.

Ronaldison Farias, gerente administrativo da região Calha Norte 2 do Ideflor-Bio, enfatiza que a coleta sustentável da castanha-do-pará é crucial para a preservação das florestas, e os extrativistas desempenham um papel importante como defensores dessas práticas. Ao promover uma abordagem responsável para a coleta da castanha-do-pará, essas comunidades reforçam as tradições de manejo florestal e contribuem para a conservação das unidades de conservação.

Em resumo, a produção de castanha-do-pará no oeste do Pará em 2024 é uma atividade que vai além da geração de renda, pois também promove práticas ambientalmente sustentáveis, valorizando a cultura extrativista e preservando o ecossistema local. A colaboração entre os produtores, o governo estadual e os órgãos reguladores tem sido fundamental para garantir que essa atividade continue beneficiando a economia local enquanto respeita o meio ambiente.

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