Os novos ônibus do BRT Metropolitano têm gerado discussões sobre sua capacidade de atendimento à população. Os veículos elétricos, recentemente apresentados, possuem capacidade de 24 passageiros sentados, além de 51 em pé, totalizando 75 pessoas, o que representa uma significativa diferença em relação aos ônibus articulados do BRT Belém, que transportam até 200 passageiros.
Além dos modelos elétricos, o sistema contará com 225 ônibus com motorização turbodiesel, equipados com a tecnologia Euro 6 para redução de emissões. Esses veículos, da linha CAIO Millennium V e CAIO Apache Vip V, têm capacidade para transportar cerca de 80 passageiros e serão destinados às Linhas Troncais e Alimentadoras. No entanto, essa capacidade também é inferior à dos articulados utilizados em Belém.
A escolha de veículos de menor porte contrasta com as expectativas iniciais para o BRT Metropolitano. Antes da confirmação da COP 30 em Belém, os planos previam a aquisição de ônibus articulados, considerados mais adequados para atender à alta demanda das linhas que atenderão municípios como Ananindeua, Marituba e Benevides.
Até o momento, o Governo do Pará não esclareceu as razões para a mudança nos modelos adquiridos, gerando dúvidas sobre a eficiência do sistema frente às necessidades da região metropolitana de Belém. Especialistas apontam que a escolha de veículos de menor capacidade pode impactar a experiência dos usuários, especialmente em horários de pico, quando a demanda é mais elevada.
Com a proximidade da COP 30, a eficácia do BRT Metropolitano será um dos principais pontos de observação, tanto pela população local quanto por visitantes e autoridades internacionais que estarão na cidade. A expectativa é de que o governo apresente justificativas para as mudanças e detalhes sobre como pretende assegurar a qualidade do transporte público na região metropolitana.