Morre juíza Ruth Bader Ginsburg, conhecida como ‘RBG’ e marcante por trabalho humanista no Supremo Tribunal dos EUA
A juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg morreu aos 87 anos de “complicações causadas por um cancro do pâncreas”, anunciou na sexta-feira, 18, o tribunal. Em comunicado, o tribunal indicou que a juíza “morreu esta noite [de sexta-feira] rodeada pela família, na sua casa, em Washington”.
Ginsburg foi a segunda mulher a ocupar uma das nove cadeiras no mais alto tribunal dos Estados Unidos, em Washington, nomeada pelo democrata Bill Clinton. Antes, ela liderou a luta pelos direitos das mulheres na ACLU, associação de direitos civis no país, para derrubar legislações que discriminam mulheres com base em gênero.
Sentimentos – O juiz-presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, John Roberts, afirmou que o país “perdeu uma jurista de dimensão histórica”. “Perdemos uma colega estimada. Hoje estamos de luto, mas confiantes de que as gerações futuras recordarão Ruth Bader Ginsburg como nós a conhecemos, uma incansável e decidida campeã da justiça”, indicou.
A bandeira dos Estados Unidos foi colocada a meia-haste na Casa Branca para honrar a magistrada, anunciou a porta-voz Kayleigh McEnany, saudando “uma pioneira para as mulheres”. As bandeiras estão também a meia-haste no Congresso norte-americano, anunciou a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
Perto do Congresso, algumas centenas de pessoas concentraram-se e acenderam velas junto ao edifício do Supremo Tribunal dos Estados Unidos para prestar homenagem a esse ícone da esquerda norte-americana.
RGB – Em julho, Ginsburg tinha anunciado que estava fazendo quimioterapia para lesões no fígado, a última das várias batalhas que travou contra o cancro desde 1999.
Nos últimos anos como juíza do Supremo Tribunal, Ginsburg, conhecida pelas iniciais “RBG”, afirmou-se como líder inquestionável da ala progressista da instituição e na defesa dos direitos das mulheres e das minorias, conquistando admiradores entre várias camadas da população norte-americana. Ela foi indicada ao cargo na Suprema Corte pelo presidente Bill Clinton e tomou posse em 2010.