Nesta quarta-feira (21), a Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, recebeu uma notícia nada boa vinda do Pará. A Secretaria do Meio Ambiente (Semas) comunicou a suspensão da licença de operação de duas de suas minas no estado: a mina do Sossego, em Canaã dos Carajás, e a mina de Onça Puma, em Ourilândia do Norte.
Em um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale informou estar avaliando as medidas necessárias para restabelecer a plena vigência das licenças das minas afetadas. A suspensão, no entanto, traz incertezas não apenas para a empresa, mas também para a economia local e para o futuro dos projetos envolvidos.
Até o momento, não foram divulgados os motivos específicos que levaram à suspensão das operações. A Vale, por sua vez, reforçou seu compromisso com o cumprimento das condicionantes socioambientais, conforme determinado pela legislação, e ressaltou que envia regularmente relatórios aos órgãos ambientais sobre os programas sociais executados na região.
O projeto Onça Puma, em particular, é de grande importância estratégica, envolvendo a exploração de uma das maiores reservas de níquel do mundo. A Vale havia anunciado investimentos significativos para ampliar a produção desta mina, o que poderia representar um impulso econômico para a região.
Este episódio ocorre em um contexto marcado por disputas políticas dentro da própria Vale. A suspensão das licenças acontece em meio a um momento de incerteza sobre a sucessão na liderança da empresa, com divergências entre o atual CEO, Eduardo Bartolomeu, e parte do Conselho de Administração.
