O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), voltou a reafirmar com firmeza que a COP30 será realizada em Belém, apesar das críticas feitas por delegações internacionais quanto à infraestrutura da cidade. A declaração foi feita nesta quinta-feira (3), durante participação no Fórum de Lisboa, em Portugal.
“Essa é matéria vencida. A COP será em Belém”, disse o governador ao ser questionado por jornalistas sobre os desafios logísticos da capital paraense. Entre as reclamações mais frequentes de representantes estrangeiros estão os preços inflacionados de hospedagem e a suposta falta de estrutura hoteleira para comportar o maior evento ambiental do mundo, previsto para novembro de 2025.
Barbalho garantiu que o número de leitos está assegurado, graças à articulação conjunta entre o Governo Federal e o Governo do Estado. Ele destacou que, além da rede hoteleira tradicional, navios de cruzeiro serão contratados para servir como hotéis flutuantes, ampliando a capacidade total para 50 mil leitos. “Das mais diversas estratégias e perfis”, afirmou.
Capacidade do Rio Guamá também foi defendida
Outro ponto abordado foi a navegabilidade do Rio Guamá, que servirá de ancoradouro para os cruzeiros. O governador respondeu com dados técnicos:
“Não há qualquer dúvida. Essa solução passou por batimetria, por estudo técnico. Está tudo dentro dos parâmetros exigidos.”
ONU já ratificou a escolha de Belém
Sobre o movimento de algumas delegações estrangeiras que cogitam solicitar a transferência da sede da COP30 para outra cidade brasileira, Helder foi categórico ao lembrar que a decisão da ONU já está tomada.
“Esta decisão está tomada, inclusive com as Nações Unidas reconhecendo todos os investimentos que estão sendo feitos e, principalmente, valorizando a decisão de realizar o maior evento ambiental do mundo no coração da floresta amazônica”, concluiu.
A COP30 será realizada entre 10 e 21 de novembro de 2025, e deve reunir delegações de quase 200 países, além de ativistas, chefes de Estado, cientistas e representantes da sociedade civil global. A conferência é considerada um marco na diplomacia ambiental brasileira, e a primeira a ocorrer na Amazônia.
