No último domingo, o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), fez uma pergunta incomum em seu perfil: quanto custaria comprar a TV Globo? A questão surgiu como resposta a uma publicação de um perfil satírico chamado “Joaquim Teixeira”, que insinuou que a emissora era um dos “grandes problemas do Brasil”. O perfil sugeriu a Musk que comprasse a emissora para “salvar o país”.
Musk, conhecido por suas provocações nas redes sociais, respondeu com uma pergunta sobre o custo da transação, seguida de um emoji de gargalhada, indicando que sua resposta provavelmente não deveria ser levada a sério. No entanto, mesmo que ele estivesse considerando a compra, a legislação brasileira proíbe estrangeiros de serem proprietários de empresas jornalísticas e de radiodifusão no Brasil. A lei permite apenas brasileiros natos ou naturalizados há pelo menos 10 anos.
A TV Globo foi fundada em 1965 e é uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, sem histórico de estar à venda. Elon Musk, por sua vez, é uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em quase US$ 180 bilhões.
O bilionário recentemente esteve no centro das atenções no Brasil por ter sido exaltado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Bolsonaro chamou Musk de “mito da liberdade” e disse que ele era um símbolo para os manifestantes que estavam presentes. Além disso, Musk vem provocando polêmicas ao criticar instituições brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.
O empresário afirmou que Moraes é “contra a democracia” e o acusou de autoritarismo, alegando que o ministro praticava censura. Como resposta, Moraes incluiu Musk no inquérito das milícias digitais após o empresário ameaçar não cumprir decisões judiciais brasileiras.