Edmilson quer transformar lixo de Belém em gás
Seguindo o rumo dos projetos mirabolantes da ex-presidente Dilma Rousseff cujo discurso na ONU, em 2015, sugeriu que estocássemos vento, o nosso prefeito Edmilson Rodrigues parece ter descoberto a saída para o problema do descarte do lixo de Belém, Ananindeua e Marituba, que não tem para onde ir: vai transformá-lo em gás.
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E quando esse projeto sairá da cabeça de Edmilson e finalmente acontecerá? Bem, ai já são outros quinhentos, afinal nosso prefeito gosta de dedicar seu precioso tempo em questões bem mais elevadas e etéreas, como o bloqueio comercial em Cuba, ou neste caso, alternativas sofisticadas, mas pouco factíveis para o descarte do lixo urbano.
Como se sabe, o tempo é uma necessidade humana e a cabeça de Edmilson está no céu, junto com sua pipa e seu coração, nas rodas de carimbó. Lá ele é passarinho. Lá ele se realiza.
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Problemas reais, práticos e concretos, deste mundo como a vacinação em Belém, os buracos das ruas, os alagamentos, até mesmo a fedentina que o chorume do aterro de Marituba provoca – que antes importava tanto a Edmilson – ou seja, essas coisas terrenas que nós, meros mortais, nos importamos. Estas ficam a cargo de seu braço direito, a eminência parda, Aldenor Júnior, ou acabam tendo que ser resolvidas pelo governador Helder Barbalho.
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Ou me digam se não foi exatamente isso que aconteceu com o tal Bora Belém? Em campanha para prefeito, Edmilson prometeu acabar com a extrema miséria criando um programa emergencial chamado Bora Belém, que forneceria uma auxílio de R$ 450,00 para cada necessitado.
Lindo não acham? Só havia um problema: nem de longe a prefeitura de Belém tinha recursos para isso.
Ganhou a prefeitura, talvez em razão da promessa, e logo em seguida o que disse? Não tenho dinheiro para pagar. Se não fosse o governo do Estado, para socorrê-lo imagino que Edmilson não conseguiria nem empinar sua pipa sem levar pedradas e vais, muito menos dançar seu carimbó em paz.
Para quem não sabe, grande parte do valor do auxílio, senão quase sua totalidade, não sai do bolso do palácio Antônio Lemos.
O fato é que, na prática, Edmilson tem é se mostrado muito lero lero e pouco trabalho.
A prefeitura de Belém “estuda” transformar lixo em gás da mesma maneira que “estudava” comprar vacinas cubanas. Quantas comprou? Nenhuma. Nem Cubana, nem chinesa, nem de Papua Nova Guiné. A verdade é que a vacinação em Belém estava completamente perdida, desorganizada, verdadeiro caos, muito diferente da vizinha Ananindeua que decolava.
Veja: Edmilson quer comprar vacinas cubanas ainda em fase de testes
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De forma bastante semelhante ao Bora Belém, mais uma vez Edmilson recorre ao Governo do Estado para resolver suas trapalhadas. Foi necessário a doação de mais 200 mil doses para que a imunização na capital voltasse aos eixos e finalmente começasse a vacinar pessoas entre 50 e 40 anos.
Enquanto você já estava arrancando os cabelos e se perguntando quando afinal seria vacinado, Edmilson estava ali, rabiscando um desenho, escrevendo um poema, plantando uma árvore, gravando um CD com músicas autorais, afinal, parece ser essa a ideia de gestão que ele tem em sua cabeça.
Agora, respondendo a pergunta feita inicialmente sobre quando o lixo de Belém será transformado em gás: no dia em que porcos voarem e as galinhas criarem dentes ou no dia em que os terraplanistas explicarem a quadratura do círculo.