A recente declaração da médica Lana Almeida, em um vídeo publicado no Instagram, gerou forte reação de entidades de saúde. No vídeo, ela afirma que “câncer de mama não existe” e desencoraja o exame de mamografia, essencial para o diagnóstico precoce da doença que causou mais de 20 mil mortes no Brasil em 2023, conforme dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Instituições médicas rebatem desinformação
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) repudiou a declaração, classificando-a como “fake news” e alertando sobre os riscos de desinformação para a saúde pública. Em nota, o INCA destacou a importância de campanhas como o Outubro Rosa e de exames preventivos como a mamografia para reduzir a mortalidade do câncer de mama. “A doença é real e comprovada cientificamente, e o diagnóstico precoce é fundamental para salvar vidas”, reiterou o órgão.
CRM-PA abre investigação e Sindmepa critica desinformação
O Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) informou que está apurando o caso e reforçou que o processo será tratado com sigilo conforme o Código de Processo Ético-Profissional. Já o Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) repudiou as falas da médica, lembrando que o câncer de mama é uma condição séria e amplamente estudada. Em nota, o sindicato reafirmou o valor da mamografia para a detecção precoce, comprometendo-se a disseminar informações baseadas em evidências científicas.