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BNDES aprova financiamento de R$ 1,8 bilhão para Usina Termelétrica a GNL no Pará

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 1,8 bilhão para a instalação da Usina Termelétrica a Gás Natural Novo Tempo Barcarena, no estado do Pará. A usina, que terá capacidade de 624 MW, será operada pela Centrais Elétricas Barcarena (Celba) e utilizará gás natural liquefeito (GNL) como fonte de energia.

O financiamento do BNDES equivale a 65% do investimento total do projeto da termelétrica, estimado em R$ 2,77 bilhões. Essa operação será estruturada na modalidade de project finance, na qual as garantias são baseadas nos ativos do projeto e no fluxo de caixa gerado pelo empreendimento.

A UTE Novo Tempo Barcarena faz parte do Complexo Termelétrico Barcarena, um empreendimento do grupo New Fortress Energy (NFE). Esse complexo inclui instalações para importação, armazenagem e distribuição de gás natural liquefeito importado no Porto de Vila do Conde, localizado em Barcarena, às margens da Baía de Marajó.

O projeto também envolve a construção de uma linha de transmissão com cerca de 5 km de extensão, permitindo a conexão da Usina Termelétrica ao Sistema Interligado Nacional de energia elétrica. Além de abastecer o sistema interligado, o complexo fornecerá gás natural para grandes consumidores da região, muitos dos quais atualmente utilizam combustíveis que emitem uma maior quantidade de gases de efeito estufa, como o diesel.

Um exemplo de consumidor é a Norsk Hydro, que já firmou contrato com a NFE para o fornecimento de gás natural. A Norsk Hydro utilizará o gás no processo de refino de alumina, calcinação e acionamento de caldeiras. A NFE também está investindo em outros dois terminais de GNL, localizados em Pernambuco e Santa Catarina.

Segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, “as termelétricas a gás são uma forma relevante de fazer a transição energética, substituindo as termelétricas que utilizam diesel e contribuindo para a estabilidade do sistema interligado brasileiro, que possui cerca de 90% de sua geração elétrica proveniente de fontes limpas”.

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