Em comemoração ao Dia Nacional da Umbanda, Belém comemora os 115 anos dessa religião no Brasil com a inauguração de uma estátua em homenagem à Iemanjá. O monumento está localizado no Espaço Afro-religioso Mãe Dinair – Terreiro São Sebastião e Toya Jarina, na avenida Augusto Montenegro, próximo à Assembleia de Deus e ao estádio Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão. Iemanjá, na tradição umbandista e nas matrizes afro-descendentes, é reverenciada como a rainha do mar, das águas e mãe de todos os orixás.
A iniciativa, vinculada à Federação Nacional dos Cultos Afro-Umbandistas do Brasil (Fenacab), presidida pelo coronel PM Itacy Domingues, coincide com o Festival de Iemanjá, realizado há quase 50 anos em Outeiro. O presidente da Associação Umbandista Mãe Dinair, Pai Elivaldo de Oxalá, destaca a importância do evento: “É um marco para a Umbanda, que inauguramos no Dia Nacional da Umbanda. Quando a Umbanda comemora 115 anos, nós estamos inaugurando um dos maiores símbolos, que é mãe de todos os orixás, que é Iemanjá”.
Inicialmente planejada para a Praia Grande, no Distrito de Outeiro, a imagem de cinco metros, com o pedestal atingindo cerca de 12 metros, enfrentou obstáculos ambientais e políticos, levando à sua instalação no atual local após cinco anos de esforços.
A estátua, esculpida e modelada pelos escultores Moisés Andrade e Alexandre Costa, do Instituto Filhos da Terra, não representa apenas a Umbanda, mas todas as religiões afro-descendentes. O local, com toda a área circundante, torna-se uma referência para cultos e programações afro-umbandistas no Pará e no Brasil, acolhendo sacerdotes, umbandistas e candoblecistas de diversas nações.
Além de seu significado religioso, a entidade Mãe Dinair também realiza ações sociais, e no próximo dia 18, na comunidade Santo Antônio do Prata, em Igarapé-Açu, nordeste do Pará, distribuirá 600 cestas básicas em uma programação especial.
