
Essa história retrata um pouco do cenário social da Ilha de Marajó, no Pará. Essa é a história de Vanete Oliveira, 28 anos, moradora do município de Portel. Ela sofre há 14 anos com dores, desconforto e abalo físico e psicológico por causa de um tumor que cresceu em um dos olhos e, sem tratamento, acabou ocupando boa parte do seu rosto.
Por causa do medo e vergonha, Vanete se retraiu e ficou todos esses anos sem sair de sua casa, por isso não buscou tratamento. Ela possui cinco filhos, todos crianças: uma bebê de seis meses, um garotinho de 3 anos, uma menina de 7 anos, um menino de 9 anos e uma menina de 11 anos.
A sua família vive abaixo da linha da pobreza, ela recebe bolsa família e o seu marido trabalha em uma roça. As crianças estão desnutridas e em grande vulnerabilidade social.
O caso veio à tona após o vereador de Portel, Ney Mendonça, publicar um vídeo em suas redes sociais pedindo amparo àquela família. Vanete conseguiu uma consulta com especialista do Hospital Universitário Barros Barreto, no entanto, foi informada que o tomógrafo de lá está sem funcionar. Foi direcionada a voltar para sua casa em Portel e procurar atendimento no Hospital Ophir Loyola.
Na tarde desta sexta-feira, 30, finalmente ela recebeu a devida atenção e foi internada no Hospital Ophir Loyola. Sensibilizados com sua história, os médicos Antonio Dias e Adriana Porto Dias, diretores do hospital Porto Dias, disponibilizaram gratuitamente o exame de ressonância magnética do crânio e da órbita.
Com os laudos, ela foi levada para o Ophir Loyola. A hipótese médica é “neoplasia de linhagem vascular agressiva ou mesmo sarcomatosa”. Ela fará mais exames clínicos para realizar a operação de retirada do tumor.