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“Somos vítimas de uma brutal campanha de desinformação”, diz Jair Bolsonaro na ONU

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre Amazônia e Pantanal” em discurso de abertura da 75ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 22.

Segundo o presidente, essa campanha é “escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, impatrióticas e aproveitadoras, com intuito de prejudicar o governo e o Brasil”. Na declaração gravada enviada à ONU, Bolsonaro ainda destacou ações do governo em várias áreas, com ênfase em meio ambiente, economia e combate à Covid-19.

Agronegócio – O presidente ressaltou o papel do agronegócio na crise. “O homem do campo trabalhou como nunca e produziu como sempre. O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado. Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”, declarou.

Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos e, por isso, “há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente”. “Estamos abertos ao mundo para oferecer nossos produtos do campo. Nunca exportamos tanto”, observou.

Queimadas – Sobre as queimadas, o presidente disse que a “floresta é úmida e não permite propagação de fogo em seu interior”. “Os fogos acontecem no entorno leste da floresta”, disse. Ele ainda salientou que o “caboclo e o índio” botam fogo em áreas desmatadas para sua sobrevivência.

Bolsonaro se comprometeu, ainda, a uma “política de tolerância zero aos crimes ambientais” mas enfatizou a dificuldade para conter as ilegalidades. “A região amazônica é maior que a Europa ocidental. Aí a dificuldade para combater os incêndios. Nosso Pantanal sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local e massa orgânica em decomposição”, justificou.

O tema da Assembleia Geral da ONU, neste ano é “O futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: reafirmar nosso compromisso coletivo com o multilateralismo – enfrentando a Covid-19 por meio de uma ação multilateral efetiva”.

Fonte: Globo Rural

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