NOTÍCIASParáPOLÍTICA

Senador Zequinha Marinho, que votou a favor de Lula, anunciou saída do PL um dia antes de votação

O senador Zequinha Marinho, único representante do Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro a votar a favor da reestruturação ministerial proposta por Lula (PT), surpreendeu ao anunciar sua saída da sigla um dia antes da votação. A atitude gerou revolta dentro do PL, que considerou a postura do parlamentar como traição.

Na última quinta-feira, Zequinha Marinho votou a favor da Medida Provisória enquanto ainda era oficialmente membro do Partido Liberal, de acordo com o registro no sistema do Senado Federal. A votação contrária à orientação partidária causou indignação entre os membros do PL, que anunciaram a suspensão dos direitos partidários de nove deputados por três meses na Câmara.

Os deputados que também votaram a favor da medida provisória e estão entre os suspensos são Detinha (MA), Josimar Maranhãozinho (MA), João Bacelar (BA), Junior Mano (CE), Junior Lourenço (MA), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA) e Yuri Paredão (CE), enquanto Vinícius Gurgel se absteve.

Segundo fontes próximas à cúpula nacional do PL, Zequinha Marinho não concordou com as regras de votação impostas pelo partido e manifestou seu desejo de deixar a sigla. Na quarta-feira anterior, o senador anunciou em seu perfil no Twitter sua filiação ao partido Podemos e a criação da Frente da Direita Paraense, focada em pautas cristãs, de direita e conservadoras.

A crise com o PL veio à tona no dia 19 do mês passado, quando Marinho renunciou ao cargo de presidente do diretório estadual do partido no Pará, onde também enfrentava conflitos internos. Em nota, o senador declarou: “Espero que este gesto seja reconhecido como uma demonstração de lealdade aos eleitores da Direita paraense e que possamos estar mais competitivos e fortes em 2024”.

Zequinha Marinho foi eleito em 2018 pelo Partido Social Cristão (PSC) com a bandeira de Jair Bolsonaro e, em 2021, migrou para o PL juntamente com o ex-presidente. No ano passado, ele foi o segundo colocado na disputa pelo governo do Pará, com 27,18% dos votos, tendo apoiado Bolsonaro em sua campanha.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar