CRIME

‘Quero justiça’, diz mãe de menina eletrocutada por enfeite de Natal

A mãe da menina de 8 anos que morreu na última sexta-feira (27), após sofrer uma descarga elétrica ao encostar em uma estrutura metálica da decoração natalina de uma praça, em Caldas Novas (GO), afirmou hoje, em entrevista ao UOL, que vai lutar por justiça para que nenhuma outra família passe pelo que ela está vivendo. 

“Minha filha ama tirar fotos e me pediu que tirasse uma dela próximo à árvore de natal que está sendo montada, tirei… Que foto linda. Sentamos próximo ao lugar onde será montado um túnel de luzes e ali minhas três crianças brincavam alegres, porque depois de dez meses [por conta da covid-19] levei elas no centro. E, em uma destas brincadeiras, bem ao nosso lado, ela segurou no ferro que sustenta a base do túnel e ali as duas mãos dela ficaram pregadas”, lembrou Rejainy Honária, mãe da Júlia Honória, de 8 anos. 

A empresária contou que após a fatalidade ligou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e que a ambulância não demorou a chegar. “Mas no trajeto da praça ao Hospital Nossa Senhora Aparecida ela teve uma parada cardíaca e tentaram reanimá-la. Chegando no hospital, já foi atendida rapidamente, onde toda uma equipe tentou salvar minha pequena Júlia, mas sem sucesso”, lamentou.

Rejainy disse que Júlia era uma menina muito especial. “Era alegre, gostava de brincar, tirar foto, muito obediente, não fazia nada sem pedir, estudiosa. Ela amava ir na igreja e aprender a palavra de Deus, era uma filha exemplar”, descreveu. 

“Fica um sentimento de tristeza, pois era um anjo, é uma dor muito forte. Mas Deus me deu um anjo para eu cuidar por 8 anos e agora ele recolheu a Julinha, então peço a Deus que me dê força para continuar”, desabafou Rejainy.

A mãe da menina disse que independente de quem seja o responsável, o fato é que havia energia elétrica em um local no qual não era para ter.

“Quero justiça. Não vai trazer a Júlia de volta, mas quero alertar para que outras famílias não sintam a dor que estou sentindo. Eu só quero que as autoridades verifiquem sobre isso, porque hoje é minha família e eu não quero que outras famílias passem por isso em Caldas Novas, uma cidade turística onde milhares de pessoas vêm para passear”, concluiu a mãe da criança.

Investigação 

O delegado da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Rodrigo Pereira, afirmou no último sábado (28),  que a polícia tem “o objetivo de apurar as circunstâncias da morte e de individualizar as respectivas responsabilidades”.

No mesmo dia, a prefeitura da cidade, responsável pelo enfeite, emitiu uma nota de pesar e disse que “são profissionais capacitados que realizam esse trabalho há 10 anos”.

Fonte UOL

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