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Projeto de reflorestamento leva novas árvores às margens do rio Tucunduba, na periferia de Belém

Ação do Programa Belém Verde já plantou 200 mudas na Terra Firme e mobiliza comunidade para preservar áreas verdes e combater as ilhas de calor

As margens do rio Tucunduba, no bairro da Terra Firme, em Belém, começaram a receber um projeto de reflorestamento como parte do Programa Belém Verde, da Prefeitura Municipal. A iniciativa já promoveu o plantio de 200 mudas de espécies nativas e frutíferas em uma das regiões mais populosas e carentes de áreas arborizadas da capital paraense.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Terra Firme abriga cerca de 60 mil moradores. A urbanização desordenada ao longo das últimas décadas resultou na destruição de áreas verdes e agravou fenômenos como as chamadas “ilhas de calor”, que elevam as temperaturas locais em até 5°C. A falta de sombra e vegetação também compromete a qualidade do ar e aumenta a sensação de abafamento, sobretudo nos períodos mais quentes do ano.

O plantio é resultado da mobilização do Movimento Defensores dos Rios de Belém Limpos, Saneados, Arborizados e Ajardinados, liderado pelo ativista José Maria Souza. “Eu fui criado em uma casa cercada por árvores frutíferas. Com o tempo, tudo foi desmatado para dar lugar às casas. Agora queremos recuperar um pouco dessa paisagem”, explica.

O apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) foi fundamental para o início das ações. “Solicitamos e fomos atendidos com esse plantio na lateral do rio Tucunduba. A comunidade está ajudando a cuidar das mudas e preservar as árvores adultas”, conta José Maria.

Entre as espécies plantadas estão mamorana, pau-preto, ipê-rosa, andirá-uxi, jambu, pata-de-vaca, abiu, jenipapo, oiti e açaí — todas escolhidas para oferecer sombra, frutos e combater o assoreamento das margens do rio. O projeto prevê a extensão do reflorestamento a outras áreas do entorno.

A iniciativa se estenderá também às margens do igarapé Lago Verde, que corta a Terra Firme até desaguar no Tucunduba. “Estamos reivindicando que, na urbanização do Lago Verde, as margens também recebam plantio. Queremos uma cidade com mais verde e menos concreto”, defende o líder comunitário.

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