Pressão de pastores evangélicos teria tirado Ursula Vidal da chapa de Igor Normando, diz colunista

A adesão da igreja da família Bengtson à campanha de Igor Normando à Prefeitura de Belém veio com um preço: a escolha do ex-deputado Cássio Andrade como companheiro de chapa, segundo informações do colunista Olavo Dutra. Inicialmente, Cássio Andrade, ex-secretário de Esporte e Lazer do governo do Estado, estava cotado apenas como coordenador da campanha do MDB.

Mesmo com seu partido, o PSB, controlado pelo prefeito de Ananindeua e adversário do governador Helder Barbalho, Daniel Santos, e após perder a eleição para deputado federal, Cássio Andrade manteve diálogos com pastores, argumentando contra a escolha da secretária de Cultura, Úrsula Vidal, vista como “esquerdista” pelos setores evangélicos.

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Na última terça-feira, em reunião com o governador, pastores da Igreja Quadrangular vetaram explicitamente o nome de Úrsula Vidal, preferida nas pesquisas, alegando que ela seria “feminista”, “comunista” e “defensora da ideologia de gênero”. Esses termos, no contexto neopentecostal, referem-se ao reconhecimento da diversidade, incluindo etnia, orientação sexual, cultura e gênero.

Úrsula Vidal é publicamente conhecida por suas posturas progressistas, defesa da diversidade e empoderamento feminino. Ela liderou a campanha de Lula contra Bolsonaro no segundo turno de 2022 e, apesar de seguir as orientações do governador ao aderir a um partido grande, não mudou suas convicções. Retornando à Secretaria de Cultura, ela continua à frente de projetos importantes para a COP30, como Porto Futuro e Parque da Cidade.

Curiosamente, até o momento, o único candidato a escolher uma mulher como vice foi Eder Mauro, da direita. Edmilson e Igor Normando optaram por formar chapas exclusivamente masculinas, apesar da maioria de eleitoras na cidade.