O Censo 2022 trouxe à luz importantes informações sobre os povos e comunidades tradicionais do Brasil, incluindo os quilombolas, que foram investigados pela primeira vez nesta edição do levantamento. Os dados mostram que o estado do Pará abriga a quarta maior população quilombola do país, com um total de 135.033 pessoas identificadas nesse grupo.
A Bahia ocupa a liderança com a maior quantidade de quilombolas no país, com um total de 397.059 pessoas, representando 29,90% da população quilombola recenseada. Em seguida, vem o Maranhão, com 20,26% dessa população, o equivalente a 269.074 pessoas quilombolas. Juntos, Bahia e Maranhão concentram metade (50,16%) da população quilombola do Brasil.
Minas Gerais aparece na terceira posição, com 135.310 pessoas quilombolas, praticamente empatado com o Pará, que contabiliza 135.033 quilombolas. O quinto lugar é ocupado por Pernambuco, com um total de 78.827 pessoas pertencentes a esse grupo. Em conjunto, os estados de Minas Gerais, Pará e Pernambuco reúnem 26,3% da população quilombola do país.
No cenário nacional, a população quilombola corresponde a 1.327.802 pessoas, o que representa 0,65% do total de habitantes. A pesquisa identificou que em 326 municípios brasileiros há população quilombola residente em territórios oficialmente delimitados.
Entre os municípios paraenses com maior população quilombola, encontram-se Abaetetuba, que registra 14.526 quilombolas, seguido por Baião, com 12.857, Cametá, com 10.125, Oriximiná, com 9.424, e Salvaterra, com 7.437 habitantes quilombolas.
