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Pará registra 26 casos e cinco mortes por febre amarela em Breves, no Marajó

Secretaria de Saúde intensifica vacinação para conter a transmissão da doença nas comunidades ribeirinhas

O município de Breves, no arquipélago do Marajó, enfrenta um surto de febre amarela, com 26 casos confirmados e cinco mortes registradas em 2025. Todas as infecções ocorreram na zona rural do município. A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que as mortes foram registradas nos dias 1º, 2, 21 e 27 de fevereiro, além de um óbito em 4 de março.

A febre amarela, uma doença infecciosa grave transmitida por mosquitos, não teve casos registrados no Pará em 2023. Em 2024, houve um caso confirmado em Porto de Moz.

Vacinação reforçada para conter o surto

Para controlar a transmissão da doença, o Governo do Estado enviou 20 mil doses da vacina e equipes de imunização para apoiar o município de Breves. Até o momento, 14 mil doses já foram aplicadas.

A Sespa informou que, desde o início da vacinação intensificada, não houve mais registros de casos graves nas comunidades afetadas. O trabalho segue com apoio do Ministério da Saúde e da vigilância epidemiológica, que percorrem a região para ampliar o bloqueio vacinal.

A vacinação foi intensificada nas seguintes localidades ribeirinhas:

  • São Raimundo
  • São Brás
  • Lúcia Alves
  • Nossa Senhora de Nazaré
  • Nossa Senhora das Graças
  • Santo Antônio
  • Porto Cacique
  • Porto Zil
  • Vila Muniz
  • Jacarezinho
  • Tambaqui

A Prefeitura de Breves reforçou que segue realizando investigações epidemiológicas e ações preventivas, com vacinação tanto na zona rural quanto na zona urbana.

Situação em Belém

Na capital paraense, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) afirmou que não há casos registrados de febre amarela contraída na cidade.

Em 2024, Belém aplicou 40.280 doses da vacina, e 8.115 doses foram administradas neste ano.

Entenda a febre amarela

A febre amarela é causada por um vírus transmitido por mosquitos, sendo mais comum em áreas rurais e de floresta. Pessoas não vacinadas têm maior risco de infecção, e os casos graves podem levar à morte em até 50% dos pacientes.

Os principais sintomas incluem:

  • Febre alta e dor de cabeça intensa
  • Dores musculares e lombares
  • Calafrios e mal-estar
  • Náuseas e vômitos
  • Icterícia (pele e olhos amarelados)
  • Sinais de sangramento

Para diagnóstico, os profissionais de saúde analisam se o paciente esteve em áreas de risco nos 15 dias anteriores e se há registro de vacinação. Pessoas vacinadas há menos de 30 dias ainda podem estar vulneráveis à infecção.

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