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Obra ilegal em prédio de alto luxo é alvo de briga entre os endinheirados de Belém

Uma das tretas que invadiu os WhatsApp de moradores de Belém, nesta terça-feira, 20, se refere a uma “briga de cachorro grande”, ou melhor, de pessoas de altíssimo poder aquisitivo na capital paraense, mas que na hora do “vamos ver”, não se furta a um bom barraco.

Tudo começa anos atrás quando a famosa construtora Síntese ergueu um prédio de apartamentos exclusivos na avenida Pedro Álvares Cabral, quase na esquina da avenida Visconde de Sousa Franco, a Doca. O prédio, chamado Aquarius, foi pensado para ter uma piscina por andar. Só que quando o prédio ficou pronto, caiu a ficha: as tais piscinas foram projetadas sem levar em conta o peso da água, quando as piscinas estivessem cheias. As piscinas ficaram sem uso, porque poderiam comprometer a estrutura do prédio.

No detalhe, o andar construído por Luiz Sefer

Anos depois, chama engenheiro daqui, mexe com projeto arquitetônico dali, arruma o projeto estrutural, e conseguiram que as piscinas fossem liberadas. Foram liberadas, mas quase nunca usadas, porque os moradores ficaram amedrontados de usar as piscinas, todos ao mesmo tempo, e acontecer algum tipo de acidente.

Briga – E eis que nesta terça-feira, 20, mais uma bronca envolveu os moradores do luxuoso edifício Aquarius, um dos mais nobres de Belém. Os moradores ameaçam impedir na marra, a construção de um novo andar, acima na cobertura do prédio.

Eles acharam estranho o passa passa de material de construção para a cobertura e foram investigar. Foram vistoriar do prédio ao lado, descobriram que o dono da cobertura do Aquarius está fazendo um novo andar no que já é um tríplex. Agora, se tornará uma quadriplex e ainda mandou instalar mais um elevador privativo. Isto é, se ele conseguir continuar com a obra.

No tal tríplex da cobertura mora o ex-deputado estadual Luiz Sefer, pai do deputado Gustavo Sefer (PSD), que no ano passado disputou a Prefeitura de Belém, sem ser eleito.

Na manhã desta terça-feira, 20, um áudio do vizinho de baixo da cobertura de Sefer disse que não vai mais deixar passar um “quilo de material de construção” para a cobertura. E disse que vai “resolver isso como homem” e que fará plantão na portaria do prédio, mas que nada para a obra vai passar por ele. O vizinho injuriado é Mauro Mutran.

O que não se sabe é se essa obra tem aval das autoridades municipais, como a Codem, ou do CREA-PA, e se será embargada pelo poder público ou pelos vizinhos, que estão se sentindo ameaçados pelo risco que a construção oferece, visto que, já houve uma mexida considerável no projeto estrutural original do prédio para receber as piscinas inservíveis.

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