Coluna

O fator Éder Mauro

Por Eduardo Cunha

O período eleitoral se aproxima do início e para quem acha que, a esta altura, pouca coisa ou quase nada pode mudar no cenário atual, está redondamente enganado. Não vou estranhar, por exemplo, que algumas candidaturas já pré-anunciadas não vinguem e que um ou outro pré-candidato acabe engrossando o caldo de um outro bloco.

Certamente, este pode vir a ser o caso do deputado federal delegado Éder Mauro, que vive um drama pessoal na busca da viabilização de sua candidatura pelo seu partido o PSD, a qual está nas mãos do presidente do partido, Helenilson Pontes, que tem, todavia, optado por Gustavo Sefer, cujo nome sequer aparece nas pesquisas de opinião já divulgadas e que possui na família um passado ligado a escândalos de pedofilia.

Pesquisa – Em uma pesquisa realizada pela Real Time Big Data, Éder Mauro aparece logo em segundo lugar ao lado de Cássio Andrade (PSB) e Vavá Martins ( Republicanos), com 9%, o que nos faz crer que aparentemente a escolha do partido por Sefer tem mais a ver com a rusga entre o governador Helder Barbalho, alinhado a Helenilson, e Éder Mauro, que, propriamente, com as chances de ele subir as escadarias do palácio Lauro Sodré.

Azar para uns, sorte para outros! O fato é que, caso não venha candidato, Éder Mauro pode ser uma carta coringa a desequilibrar o jogo, não só pelos seus invejados 9%, mas também por uma imagem associada à proximidade com o presidente Jair Bolsonaro. A direita é a joia da coroa.

Em seu discurso ocorrido na convenção do PRTB, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Otoni de Paula (PRTB), afirmou que embora Éder Mauro tenha apresentado seu nome à disputa ao seu partido, o PSD, segundo Otoni, seu “papel político” deixou transparecer uma possível união com Mario Couto. “Ali será sua casa, ali serás seu abrigo”, comentou o deputado federal.

A possibilidade de uma aproximação com Thiago Araújo (Cidadania) também não é de se descartar, afinal, comenta-se que ambos possuem boa relação.

Para qual lado fosse, o fator Éder Mauro poderia ser o fiel da balança, certamente igual aconteceria com os apoios de Vavá e Cássio, mas duvido que qualquer um deles concorde em abrir mão de suas candidaturas. 

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