Marajó pede socorro ao Governo: sair de condenado à pobreza ao eldorado do petróleo
Conflito entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental causa tensão entre ministros do Governo Federal

O grito de socorro do Marajó ressoa cada vez mais alto nos corredores do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios. No entanto, o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) parecem surdos às demandas econômicas da região, bloqueando a autorização de pesquisas para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.
Essa questão gerou uma disputa discreta, mas acirrada, entre os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente). No Governo, já é praticamente certo que um dos dois será afastado no próximo ano devido a esse impasse.
Embora a preocupação dos órgãos ambientais com manguezais e a vida marinha seja legítima, há uma desinformação significativa circulando na mídia defendida pelos ambientalistas. A exploração de petróleo não ocorreria nas margens da foz do Amazonas, em Chaves, mas sim dezenas de quilômetros além da costa marítima.
Os defensores da exploração petrolífera destacam que o Marajó possui uma das maiores taxas de pobreza do país, com altos índices de suicídio entre jovens, falta de perspectivas para estudo superior, emprego e renda, além de problemas de infraestrutura e exploração sexual de jovens e adolescentes. Em contraste, a vizinha Guiana Francesa, que autorizou a exploração de petróleo, tem vivido um boom econômico nas últimas duas décadas, transformando sua capital, Caiena, na “Miami” do Norte da América do Sul.
A situação no Marajó é alarmante, e os defensores da exploração de petróleo acreditam que a atividade poderia trazer um desenvolvimento econômico para a região, ajudando a combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida dos habitantes.