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Jornalista Layse Santos critica estereótipos sobre a Amazônia após fala de Mariah Carey

Layse Santos viraliza ao rebater desconhecimento sobre a região e alerta para a necessidade de um debate mais qualificado sobre a COP30.

A jornalista paraense Layse Santos viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo criticando estereótipos antiquados sobre a Amazônia. A publicação ocorre após a cantora norte-americana Mariah Carey demonstrar receio de se apresentar no festival Amazônia Para Sempre, evento fechado ao público que deve ocorrer no rio Guamá, em Belém. No programa Fantástico, da TV Globo, a artista se mostrou insegura sobre cantar em um palco no meio do rio, gerando reações na internet.

No vídeo, Layse Santos destacou que a fala da cantora reflete um desconhecimento generalizado sobre a região, algo que, segundo ela, persiste há anos. “Belém vai sediar a COP30, mas muita gente nem sabe direito onde fica Belém”, disse a jornalista. “Sou da Amazônia e, toda vez que viajo, em pleno 2025, escuto as mesmas perguntas: ‘Tem internet aí?’; ‘Tem prédios altos… tipo cidade mesmo?’; ‘E jacaré, tem na rua?’. Ora, se a gente pesquisa e estuda o Brasil do centro para baixo e os outros países que visitamos, por que não o contrário?”

A jornalista também ressaltou que a COP30 não deve ser tratada como um evento apenas ambiental ou um festival de música, mas sim um espaço de discussões sobre economia, cultura, inovação e tradição. “Se querem falar sobre a Amazônia, é preciso conhecê-la de verdade. Ninguém aguenta mais discursos prontos”, afirmou.

A publicação recebeu apoio de diversos internautas, incluindo jornalistas e personalidades locais. Jalília Messias, repórter da TV Globo no Pará, comentou: “Assim como temos vários ‘Brasis’, somos muitas ‘Amazônias’. O mundo e o Brasil precisam conhecer melhor a diversidade ambiental, cultural e social dessa região tão importante para o planeta.”

A jornalista Natália Kahwage também relatou suas experiências com o desconhecimento sobre a Amazônia: “Morei dois anos em São Paulo e eram muitos absurdos que se ouvia. O mais básico era não saber nem a localização do Pará. Pensavam que era Nordeste. E digo isso com conhecimento de quem tem família paraense morando no interior de SP. Nem mesmo os paraenses que estão lá sabem o que é COP. Menos espetacularização, mais debate, mais sabedoria partilhada.”

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