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Garimpo ilegal na Amazônia ameaça romper o maior linhão de energia do País

Reportagem publicada nesta sexta-feira, 31, pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o avanço dos garimpos ilegais na Amazônia ameaça a mais cara e moderna rede de transmissão de energia do Brasil.

A rota do crime do garimpo passa agora embaixo do linhão de 2.076 quilômetros de extensão que distribui a energia da hidrelétrica de Belo Monte, com riscos graves de derrubar suas torres e causar um apagão nacional.

O jornal teve acesso a uma série de denúncias sobre os garimpos, feitas nos últimos meses pela concessionária que controla a linha de transmissão, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), empresa que pertence à chinesa State Grid em parceria com a Eletrobras.

Os documentos, assinados pelo presidente da concessionária, Chang Zhongjiao, alertam as autoridades sobre o surgimento de diversos garimpos ilegais debaixo da linha, nos municípios de Marabá, Parauapebas, Itupiranga e Curionópolis, todos no Pará, próximos do local de acesso à hidrelétrica, em Altamira.

A empresa alerta que os garimpeiros, ao removerem grandes quantidades de terra com o uso de máquinas e jatos de água, comprometem a estabilidade do solo, o que pode levar à queda de uma torre e, assim, paralisar a transmissão de boa parte da energia que alimenta os estados da região Sudeste do país.

Alerta – Nos últimos meses, o caso foi levado pela empresa aos Ministérios Públicos federal e estadual, Polícia Civil, Polícia Federal e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na tentativa de encontrar uma solução. O alerta mais recente foi feito no dia 30 de junho.

“Reforçamos a nossa preocupação com a desestabilização do solo que vem ocorrendo na região em decorrência da intensa atividade minerária”, afirmou a concessionária, em documento. “Temos reiteradamente solicitado o auxílio das forças de segurança, na tentativa de paralisação imediata da atividade.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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