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Gaby Amarantos reclama da ausência de artistas da Amazônia em ações pela Amazônia

A cantora paraense Gaby Amarantos publicou um desabafo em suas redes sociais. A cantora relatou que está cansada de ser chamada para participar de movimentos pela Amazônia, mas sem o protagonismo de artistas da região.

“A luta é de todo mundo, mas uma das formas de se fazer certo e lembrar que nós, povos de lá, é quem temos que ser a voz que conta essa história! Esse lugar é nosso!”, disse.

Num momento em que as questões amazônicas ganham o mundo e que grupos e movimentos, em sua maioria do Centro-Sul do país, tentam dar visibilidade a esses assuntos, mas com a visão de lá, Gaby Amarantos que é preciso valorizar as pessoas que realmente são da floresta.

“Já está na hora de valorizamos as pessoas que SÃO da floresta, povos indígenas, ribeirinhos, líderes comunitários que lutam por ela e representantes dessa cultura tão rica. Nós temos compositores pra escreverem músicas sobre nós, temos cantores, agitadores culturais”, disse.

“Temos agências publicitárias, cineastas, artistas com vivência e herança. Existe um universo que não aguenta mais ficar oculto, a luta é de todos mas não dá mais pra seguir no ato falho de suprimir nossas vozes!”, finalizou.

Outro cantor paraense que aproveitou o assunto para se posicionar, foi Felipe Cordeiro. De forma didática o cantor argumentou:

“Pensa comigo: se você visse um ato anti-racista SÓ com brancos ou basicamente protagonizados por brancos, você acharia natural”? Você acharia natural um ato feminista Só com homens ou basicamente protagonizado por homens? A resposta é simples: A Amazônia é historicamente inviabilizada. Tratada de modo residual e estigmatizado. mas por que em diversas campanhas de defesa e afirmação da Amazônia (quase todas) você não vê protagonismo de pessoas da Amazônia? Até a elite cultural do Centro-Sul (ou, talvez, principalmente ela) reproduz (a despeito de boas intenções) essa invisibilidade. O problema é estrutural. Precisamos de todos nessa luta, não se trata de mero bairrismo, é consciência de luta”.

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