Depois das marcas Fiat e Gerdau, que patrocinam a Minas Tênis Clube, terem cobrado da agremiação um posicionamento sobre as declarações homofóbicas do jogador de vôlei Maurício Souza, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) decidiu incentivar um boicote às empresas.
“Não compre produtos da Fiat e da Gerdau, são contra a liberdade de opinião! Estes patrocinadores do vôlei do Minas Tênis Clube são os responsáveis pela perseguição ao grande Maurício Souza! Comer o pão que o diabo amassou pra vencer na vida, pelos próprios méritos, não vale nada para esses patrocinadores”, escreveu o senador no perfil do atleta.
“Toda minha solidariedade a você, Maurício! Não vai faltar time querendo seu talento e respeitando suas opiniões”, disse o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O pedido de boicote de Flávio vem em um momento em que o carro mais barato da Fiat, o Fiat Mobi, começa no valor de cerca de R$ 50 mil reais.
Entenda o caso
No dia 12 de outubro, Mauricio Souza fez um post no Instagram criticando o novo Super-Homem, da DC Comics, que assume ser bissexual, e foi criticado diretamente pelo companheiro de seleção Douglas Souza, que é homossexual.
O Minas se pronunciou oficialmente sobre as postagens apenas na última segunda (25), após pressão de torcedores. A principal torcida do vôlei do clube chegou a tomar a decisão de ignorar o atleta por causa de suas mensagens
“O clube é apartidário, apolítico e preocupa-se com inclusão, diversidade e demais causas sociais. Não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qualquer manifestação que fira a lei”, afirmou, em nota.
O clube disse estar ciente das postagens do atleta. Apontou que os jogadores têm liberdade para se expressar livremente, mas fez uma ressalva.
“A agremiação salienta que as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição sociodesportiva. O Minas Tênis Clube pondera que já conversou com o atleta e tem orientado internamente sobre o assunto”, conclui o Minas.
Com informações Yahoo