Recebemos denúncias de nossos leitores que uma página fake está usando a mesma identidade gráfica do ParaWebNews para defender o governador Helder Barbalho.
A página pertence à Maria Inês Monteiro da Rosa. Em uma rápida pesquisa no sistema de registro eleitoral, constatamos que ela disputou o cargo de deputado estadual nas eleições de 2018 pelo MDB, mas não obteve sucesso.
Maria Inês já foi prefeita de Marapanim, município que é sua base eleitoral,e teve uma gestão marcada por desavenças e denúncias. O Ministério Público Federal (MPF) no Pará entrou com uma ação de improbidade administrativa contra ela e a ex-prefeita Elza Edilene Rebelo de Moraes por não prestarem conta de cerca de R$ 1,3 milhões de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Segundo o MPF, as investigações iniciaram quando a Prefeitura de Marapanim enviou representações ao órgão depois que as duas gestoras deixaram o cargo. Elas não prestaram contas com o dinheiro recebido através do Programa Nacional Alimentação Escolar (PNAE), em 2016.
Ainda segundo as investigações do MPF, as gestoras deixaram a sede da prefeitura municipal, ao término dos mandatos, sem documentos administrativos, contábeis e jurídicos, o que reforça a conclusão de que houve omissão grave e possível emprego irregular das verbas destinadas à educação.
Uma rápida análise no histórico da página fake é possível encontrar a quem ela pertence. A página foi criada em 2012 com o nome Inês Rosa. Em 2015 mudou o nome para Vereadora Inês Rosa. Em 2017 voltou a ser chamar novamente Inês Rosa e em 28 de julho de 2020 a página mudou o nome para “Pará News” com a mesma arte gráfica do PWN.
A página possui 1.573 curtidas. Postagens antigas não é possível encontrar mais nenhum vestígio. É como se ela não existe antes do dia 28 de julho quando atualizam o perfil com a logomarca do PWN.
Não é a primeira vez que o PWN sofre ataque de partidários do governo. Além dos perfis pró-governo, uma rede de milícia digital costuma criar fake news envolvendo o portal, seu editor e outros blogs opositores e espalhar pelas redes sociais com o objetivo de tirar a credibilidade conquistada em pouco tempo pelo portal.
