Em crise, Novo perde mais da metade de seus filiados desde fundação

Mais da metade dos brasileiros que se filiaram ao Novo já deixou o partido. Até agora, a Coluna do Estadão apurou que já são registradas 35,5 mil desfiliações, um número que já supera o de filiados atuais, 33,8 mil.

Somente em julho foram mais de mil desfiliações, recorde neste ano. As defecções são entendidas como resultado da crise interna do Novo que divide o partido e põe em xeque o comando da sigla, nascida sob o discurso de modernizar e moralizar a política partidária.

João Amoêdo, candidato a presidente em 2018, tem feito oposição sistemática a Bolsonaro, desagradando ao grupo antipetista do Novo, que vê no movimento fortalecimento de Lula. Amoêdo, porém, se mantém fiel aos princípios do partido e em defesa da Constituição.

A direção do partido avalia que a polarização afetou o número de desfiliações e também a expectativa não concretizada de abrir diretórios em diversas cidades. A luz no fim do túnel está na eleição do ano que vem.

“Acredito que essas oscilações serão normais ao longo da história do Novo. Mas especificamente para esse momento, entendo que assim que começarmos a apresentar nossos pré-candidatos, voltarmos ao clima de eleição, conseguirmos ver uma luz no fim do túnel, essas pessoas se motivarão novamente, a curva estabiliza e volta a crescer”, diz Eduardo Ribeiro, presidente da sigla.

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