Deslize: Elogio de Lula a Helder gera constrangimento para Ana Júlia
“ Primeiro governador companheiro”
A parceria entre MDB e PT já vem de longo tempo e se manteve intacta, mesmo quando o MDB enfrentou acusações de ser “golpista” durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Mas nesta segunda-feira (7) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ter ultrapassado limites ao expressar essa preferência, colocando a ex-governadora do Pará e ex-militante do PT, Ana Júlia Carepa, em uma situação delicada.
Elogio:
Durante sua visita a Santarém para a inauguração da Infovia 01, uma extensa rede de fibra óptica com 1.100 km de extensão instalada ao longo do rio Amazonas, Lula, ao discursar sobre a crescente relevância do Pará na Cúpula da Amazônia e nos preparativos para a COP30, afirmou que esta é a primeira vez em que ele tem a oportunidade de contar com “um governador companheiro” liderando o Estado enquanto ele está na Presidência.
Nunca tive “um governador companheiro” no Pará
Ana Júlia Carepa:
Ocorre que Ana Júlia ocupou o cargo de Senadora de 2003 a 2006 e exerceu a função de Governadora do Pará de 2007 a 2011, ambas as posições conquistadas através de eleições pelo PT, período em que Lula ocupava a presidência.
O presidente também aproveitou a ocasião para alfinetar o ex-governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), mencionando que durante os dois mandatos anteriores, o governador “não era nada parceiro, nada companheiro”.
“não era nada parceiro, nada companheiro”
Barbalho quer ser vice presidente:
Não é mais um segredo para o público em geral que o governador Helder Barbalho tem trabalhado nos bastidores para formar alianças e adquirir relevância em eventos relacionados ao clima e discussões sobre a Amazônia. Ele nutre o sonho de ocupar o cargo de vice-presidente na chapa liderada por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026.
Um outro elemento que alimenta o sonho de Barbalho são os rumores que circulam sobre o atual vice-presidente de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), ter a intenção de concorrer ao governo de São Paulo, o que abriria espaço para essa posição.
