Deputados culpam machismo pelas críticas à indicação de Daniela Barbalho ao TCE ; veja vídeo
Por trinta e seis votos a dois, nesta terça feira, 14, Daniela Barbalho, esposa do Governador Helder Barbalho, teve sua indicação ao cargo de conselheira do tribunal de contas aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado.
Ao todo, 11 líderes de partidos indicaram a Primeira Dama do Estado, que, após ser sabatinada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, teve seu nome aprovado.
A Assembleia considerou que ela cumpria todos os requisitos para o cargo previstos na Constituição Federal, quais sejam: ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade; ter idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos financeiros ou de administração pública; e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional com estes conhecimentos.
A indicação foi alvo de muitas críticas, tanto pelas mídias independentes locais, quanto pelos internautas em suas redes sociais.
A Remuneração de Daniela inicia-se com o valor a partir de R$ 35,4 mil e o cargo é vitalício.
Tribunal de Contas: O Tribunal de Contas do Estado é o órgão pertencente ao Poder Legislativo responsável pela análise e julgamento das contas dos administradores de recursos públicos estaduais. Trocando em miúdos, Daniela será responsável por auditar o governo do próprio marido, o Governador Helder Barbalho, e atuar inclusive em processos que poderiam deixa-lo inelegível.
Machismo: Pelo menos três deputados estaduais atribuíram ao machismo as criticas dirigidas à Casa pela indicação da Primeira Dama ao cargo vitalício, Paula Titan ( MDB), Maria do Carmo ( PT) e Gustavo Sefer, (PSD).
Em seu voto na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado, a Deputada petista defendeu a indicação dizendo “que não podemos negar a indicação de Daniela só por ser uma mulher”. Em seguida acrescentou “só porque além de uma mulher é mulher do Governador do Estado. Isso não cabe atualmente”.
Já o Deputado Gustavo Sefer frisou a importância de ter uma mulher ocupando o cargo. “Entendo que tem algumas determinadas questões que só o olhar feminino é capaz de decidir o melhor caminho”.
Por último, a deputada emedebista, Paula Titan, foi mais enfática e criticou “Acredito que, enquanto mulher, a gente exige respeito, Dani, e acho que não é legal que nenhum homem queira nos reduzir ou nos diminuir a ser simplesmente esposa de alguém, filha de alguém”.
Veja os vídeo:
