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CRM constata precariedade no PSM do Guamá, em Belém: superlotação, falta de medicamentos e atraso salarial

Conselho Regional de Medicina denuncia irregularidades graves e encaminha relatório ao MPPA e autoridades de saúde

Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) nesta quinta-feira (21) constatou uma série de irregularidades no Hospital Pronto Socorro Municipal Humberto Maradei Pereira, o PSM do Guamá, em Belém. Entre os problemas identificados estão superlotação, falta de insumos básicos, atraso no pagamento dos profissionais de saúde e precariedade estrutural.

O relatório com as conclusões da visita será encaminhado ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e à Vigilância Sanitária. A inspeção foi acompanhada por um promotor de Justiça do MPPA.

Condições críticas impactam pacientes e profissionais

Durante a fiscalização, a presidente do CRM-PA, Tereza Cristina de Brito Azevedo, relatou a gravidade da situação:

  • Falta de insumos básicos: ausência de luvas, gaze, algodão e medicamentos essenciais, como antibióticos e adrenalina;
  • Equipamentos inadequados: máscaras com validade vencida e ausência de válvulas para respiradores;
  • Superlotação: corredores lotados e pacientes em condições inadequadas;
  • Impactos graves na saúde dos pacientes: amputações de membros devido à falta de antibióticos e mortes relacionadas à ausência de medicamentos essenciais.

A unidade, referência em atendimento de emergência na Região Metropolitana de Belém, opera sem diretor clínico, o que foi destacado como um agravante pela presidente do CRM-PA. “O hospital está superlotado, pessoas estão morrendo por falta de medicamentos e profissionais estão trabalhando sem as condições mínimas. É um verdadeiro desserviço à população paraense”, afirmou Tereza Cristina.

Próximos passos

O CRM-PA cobra providências urgentes das autoridades competentes para regularizar a situação do PSM do Guamá. O relatório será finalizado até esta sexta-feira (22) e deverá orientar ações do MPPA e da Vigilância Sanitária para investigar e solucionar as irregularidades constatadas.

A reportagem solicitou um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) sobre as denúncias e aguarda resposta.

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