
Durante o ESG Summit Brazil – COP 30 Tour, realizado nesta quarta-feira (23), o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou de um painel sobre desenvolvimento e oportunidades da bioeconomia no Brasil. No evento, ele discutiu os desafios da realização da COP 30 na Amazônia e apresentou dados que reforçam o impacto do turismo internacional na economia nacional.
“A COP é um grande desafio, mas é também uma grande oportunidade de mostrar a diversidade do Brasil ao mundo”, afirmou Freixo. Segundo ele, a realização da conferência na Amazônia reforça a importância do bioma na agenda climática internacional.
O painel contou ainda com a presença de Oskar Metsavaht, fundador da Osklen e embaixador de Sustentabilidade da ONU, e foi mediado por Lucas Martins, CEO da WVN Brasil e idealizador do ESG Summit Brazil.
Resultados no turismo internacional
Freixo apresentou números recentes sobre o crescimento do turismo internacional no Brasil. Em 2024, o país recebeu 6,77 milhões de visitantes estrangeiros e arrecadou US$ 7,3 bilhões, valor comparado a produtos de exportação em termos de geração de receita. “Se fosse um produto de exportação, o turismo teria tido o melhor resultado possível. Afinal, qual produto de exportação brasileiro que, de forma limpa, gerou US$ 7,3 bilhões na economia brasileira?”, questionou.
De janeiro a março de 2025, o Brasil registrou a entrada de aproximadamente 3,7 milhões de turistas, um aumento de 47% em comparação ao mesmo período do ano anterior. “O turismo se coloca em um lugar de solução”, completou Freixo, reforçando o papel estratégico do setor na geração de emprego e renda.
Uso de dados para estratégias internacionais
O presidente da Embratur também abordou o uso de inteligência de dados na promoção do Brasil como destino turístico. “A gente tem um centro de inteligência de dados, que é o coração, muito importante, da Embratur. Tudo o que a gente faz, faz com base em inteligência de dados”, afirmou. De acordo com Freixo, esse trabalho permite campanhas específicas para cada país, respeitando suas diferenças culturais e interesses.
Oskar Metsavaht destacou que o Brasil possui potencial para expandir sua participação no turismo global. “Nosso espírito é singular. Isso atrai o estrangeiro”, declarou.
Ampliação da malha aérea
A conectividade aérea foi apontada como outro fator essencial para o sucesso da COP 30. Freixo explicou que a Embratur tem negociado a ampliação da malha aérea com base em diagnósticos de mercado. “Uma empresa não resolve colocar um voo aqui do nada. Você tem um trabalho, você tem uma reunião com a companhia aérea, você apresenta inteligência de dados”, explicou. O Brasil registrou crescimento de 18% na malha aérea internacional em 2024, contra 10% no cenário global, com algumas regiões brasileiras atingindo alta de 30%.
Sobre o ESG Summit Brazil – COP 30 Tour
O ESG Summit Brazil é considerado um dos principais fóruns nacionais para debate sobre práticas ambientais, sociais e de governança. Aproveitando a proximidade da COP 30, o evento discutiu os desafios e oportunidades da agenda climática global.
Para Paulo Albuquerque, assessor de ESG da Embratur, o painel reforçou o papel estratégico do turismo. “A ocasião reúne atores importantes, públicos e privados para pensar o Brasil como um destino competitivo, não só em termos de turismo, mas também em termos industriais e criativos”, afirmou.
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