OPINIÃO

Como instituição pública, UFPA deve ficar isenta na campanha eleitoral

Nesses últimos dias esteve rodando a suposta polêmica sobre o Mercedários, no Centro Histórico de Belém. Tudo começou a partir de uma entrevista de Delegado Eguchi para o Jornal SBT Pará. O candidato fala sobre uma proposta de um hotel na área onde funciona a Alfândega de Belém.

Acontece que, conforme o ParáWebNews mostrou, ele cita o local atual onde funciona a Alfândega e em nenhum momento da sua fala ele cita o prédio dos Mercedários.

LEIA MAIS: FAKE NEWS: Eguchi disse Alfândega e não Mercedários

O trecho específico foi suficiente para criar-se polêmica sobre o Mercedários. Há anos a Alfândega de Belém não funciona mais lá, mas sim em um dos galpões do porto de Belém.

A UFPA junto aos seus arquitetos e historiadores, soltou uma nota oficial, disse que “A Universidade Federal do Pará (UFPA) recebeu com perplexidade e indignação as declarações de um candidato à Prefeitura de Belém do Pará, propondo transformar a “Alfândega” em um resort. Segundo o candidato, trata-se de um prédio que “está fechado e está caindo”, que “não serve para nada, só para coisas ruins” e que pode se tornar um “resort ou um hotel cinco estrelas”. Tais afirmações atestam o total desconhecimento sobre a ocupação do prédio e trazem novamente ao debate as tentativas recorrentes de apropriação de um bem público valioso por um grupo privado.”

A própria nota a UFPA admite que “onde outrora funcionaram o Convento dos Mercedários e a Alfândega”.

Não deixa de ser vergonhoso que uma instituição pública, referência em ensino e pesquisa na região Norte, faça uma nota com base em fake news de campanha eleitoral.

Que ao menos fossem verificar a fonte, ao invés de acreditar nas narrativas. Além disso, como instituição pública mantida com dinheiro de todos os brasileiros, a UFPA deve manter neutralidade na campanha eleitoral.

Por outro lado, fica a dúvida:

Foi um erro da Universidade em não ter ido procurar o vídeo da entrevista no SBT PA para buscar os fatos? Ou esse “erro” foi proposital?

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