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Carlos Brito de volta ao “É do Pará” deixa programa mais paraense, mas é preciso mostrar o Pará além da Grande Belém

Representatividade e vivências periféricas enriquecem o conteúdo, mas é necessário mostrar a diversidade além da Grande Belém

A volta de Carlos Brito ao comando do É do Pará, da TV Liberal, foi recebida com entusiasmo pelo público, especialmente entre as classes C e D. Com sua experiência e vivências periféricas, Brito reforça a representatividade e o apelo popular do programa, permitindo que o público se veja e se sinta mais conectado com a TV.

Apesar dos avanços no formato e no tom do programa, há uma crítica recorrente: o foco excessivo na Grande Belém e em algumas localidades já amplamente divulgadas, como Soure, Salvaterra, Bragança e Salinas. Embora sejam destinos relevantes e belos, eles representam uma parcela pequena do vasto estado do Pará, que abriga paisagens, culturas e histórias ainda pouco exploradas na televisão.

O Pará além do óbvio
Com uma área equivalente a vários países europeus, o Pará é rico em diversidade cultural, natural e social. Regiões como o Sudeste e Sul do estado, o Xingu, o Tapajós, o Jari e o Baixo Amazonas oferecem cenários únicos e histórias fascinantes que permanecem à margem da mídia tradicional. Mostrar essas áreas seria uma oportunidade de revelar um Pará diverso, com seus contrastes, sotaques e tradições locais.

Influenciadores na dianteira
Enquanto a TV Liberal parece se concentrar no óbvio, influenciadores têm liderado a tarefa de apresentar a diversidade do estado. Um exemplo notável é Rômulo Dias, que visitou os 144 municípios do Pará em uma jornada de mais de um ano. Sua iniciativa destacou a riqueza cultural, social e natural do estado, trazendo à tona realidades que muitas vezes ficam fora do radar da grande mídia.

Oportunidade para a TV Liberal
Com recursos e estrutura, a TV Liberal tem potencial para se tornar a principal vitrine do Pará em sua totalidade. O desafio está em sair da zona de conforto e abraçar a missão de representar todas as regiões, levando ao público uma visão ampla e inclusiva do estado. Isso não só enriqueceria o conteúdo do programa, mas também fortaleceria a conexão com telespectadores de todo o Pará.

Mostrar o Pará além da Grande Belém não é apenas uma escolha editorial, mas uma necessidade para celebrar a grandiosidade e a pluralidade de um dos estados mais ricos e diversos do Brasil.

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