Cai Alberto Teixeira. Walter Resende é o novo Delegado-Geral da Polícia Civil
A Polícia Civil do estado do Pará tem novo Delegado-Geral: Walter Resende, delegado de carreira dentro da instituição e que atualmente estava dirigindo a Seccional do Comércio, em Belém.
Sendo o nome das “antigas” e bem visto dentro da Polícia Civil, a indicação de Walter Teixeira é uma maneira de Helder tentar recuperar a instituição que ficou na lama durante a gestão de Alberto Teixeira, com denúncias e ações por improbidade administrativa feitas pelo Ministério Público do Pará (MPE).
O bafafá que corre pelos corredores do Palácio do Despacho é que Alberto Teixeira possa assumir a Sejudh – Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, o que tem deixado movimentos sociais em alerta.
PASSAGEM DE ALBERTO TEIXEIRA PELA POLÍCIA CIVIL FOI MARCADA POR ESCÂNDALOS
A Polícia Civil do Estado do Pará viveu seu pior momento com Alberto Teixeira como Delegado-Geral da instituição. O portal ParaWebNews fez importantes denúncias, algumas inclusive serviram como base para o Ministério Público do Pará entrar com ações contra o delegado por improbidade administrativa e até mesmo pedir seu afastamento do cargo.
Compra de Álcool em gel sem licitação e com valor acima do mercado – Alberto Teixeira usou o processo de dispensa de licitação, aproveitando-se do decreto de situação de emergência, para aquisição de 4 mil litros a um custo total de R$ 220 mil, ou cada litro pelo valor de R$55,00, valor esse acima do que poderia ser encontrado mesmo com a demanda alta na época. O caso causou revolta pelo mau uso do dinheiro público em um período delicado e também porque empresários foram presos ou tiveram mercadorias confiscadas por supostas práticas de “preço abusivo” (Leia a matéria aqui).
Acumulação de cargos, inquéritos e escândalos no serviço público – A carreira pública de Alberto Teixeira é marcada por escândalos. O atual Diretor-geral da Polícia Civil tem a fama de acumular cargos dentro do governo do Pará. Recebeu D.A.S, da Polícia Civil no estágio probatório, o que é vedado por Lei; foi para reserva remunerada ex offício da Polícia Militar, quando tal fato é vedado pela Constituição Federal de 1988; e recebeu verbas remuneratórias da Polícia Civil e da Prefeitura Municipal de Marabá, ao mesmo tempo (Leia a matéria aqui).
Juíza suspende ato do delegado-geral Alberto Teixeira – Em junho passado a juíza Andrea Ferreira Bispo, da 2a. Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública, suspendeu ato de Teixeira que transferia o delegado Carlos Eduardo Carvalho de Mattos Vieira para o município de Novo Progresso (PA), deixando-o em Belém. Carlos Eduardo era titular da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRPD), e em Marabá ele foi testemunha em processo contra o atual delegado-geral Alberto Teixeira, e o atual DPI em Marabá (Leia aqui).
Nepotismo, diárias indevidas, cumulação de cargos para esposa e cunhada – Além de ter acumulados cargos e salários, Alberto Teixeira tratou de dar uma ajudinha para a esposa e a cunhada em órgãos estaduais. Sua esposa, Denise Lima do Rosário Teixeira Barros, é professora concursada da Seduc, mas foi nomeada para Susipe (com o nome de solteira), logo depois foi nomeada para a Casa Civil para trabalhar subordinada ao seu cunhado Parsifal Pontes e ainda exerceu dois cargos quando passou a compor a comissão de “Seleção com a Finalidade de Proceder ao Recebimento e Julgamento de Propostas de Trabalho Relacionadas ao Chamamento Público” junto a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). Alberto Teixeira indicou sua cunhada Danielle Lima do Rosário Vasquez (nome de casada) para assumir cargo de “chefe de serviços” da Polícia Civil (já exonerada). (Leia aqui).
Cargo para ex-esposa – Como se já não bastasse a ajudinha para a esposa e cunhada, Alberto Teixeira também tratou de arrumar um cargo para sua ex-esposa, Márcia do Socorro Pimentel Moura. Márcia Pimentel foi nomeada para ser Diretora de Divisão na Polícia Civil do Estado do Pará, sem sequer ser policial e muito menos bacharel em Direito, como o cargo requer. A denúncia segue com as informações de que Márcia não frequenta o lugar onde está lotada, sendo assim o que se chama de ‘funcionária fantasma’, e ainda recebe indevidas diárias de viagens na Polícia Civil. (Leia aqui).
Recebimento de diárias de viagens ao interior do Pará, sem sair de Belém – Alberto Teixeira recebeu diárias para viagens ao interior do Pará, mesmo sem sair de Belém. (Leia aqui).
Tentativa de censura contra o ParaWebNews – Alberto Teixeira entrou com uma ação na 4ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, para que duas reportagens do site Pará Web News fossem retiradas do ar, alegando “uso indevido de imagem” (Leia aqui).
Reportagem do ParaWebNews fundamenta Ação Civil Pública contra Alberto Teixeira – O Delegado-Geral virou réu em uma Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa movida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do 4º Promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, Daniel Henrique Queiroz de Azevedo, que apura a compra superfaturada de 4 mil litros de álcool em gel 70%, pelo valor de R$ 55,00, por cada litro do produto, em março passado (Leia aqui).