
Uma estrutura inusitada em Belém, apelidada de “bola gigante” pela população, tem gerado curiosidade e até confusão entre os moradores da capital paraense. Muitos cidadãos, incluindo motoristas e passageiros de aplicativos, têm associado o objeto à realização da Copa do Mundo, ao invés da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será sediada na cidade em 2025.
“Os passageiros me perguntam se é para a Copa do Mundo. Ficam surpresos quando digo que é para a COP 30. Eles ainda acham que tem a ver com futebol por causa do formato da bola”, relata Marcelo Santos, motorista de aplicativo.
Apesar de a COP 30 ser um dos assuntos mais discutidos recentemente, boa parte da população ainda desconhece a natureza do evento, que reúne líderes mundiais, cientistas e organizações para debater ações contra as mudanças climáticas.
O que é a “bola gigante”?
A estrutura em questão é um radar meteorológico, um equipamento essencial para o monitoramento de chuvas, ventos e outros fenômenos atmosféricos. Ele tem a capacidade de detectar sistemas meteorológicos em um raio de até 400 quilômetros, identificando tempestades, chuvas intensas, vendavais e até granizo, ajudando a mitigar possíveis impactos causados por eventos extremos.
A instalação do radar tem relação com a COP 30 em Belém, já que o evento coloca em pauta os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de investimentos em infraestrutura que auxilie na prevenção e mitigação de desastres naturais.
COP 30: O que é e por que importa?
A COP 30, ou Conferência das Partes, é um evento anual de caráter global que reúne líderes políticos, representantes de organizações não governamentais e especialistas para discutir estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a conferência trará uma visibilidade inédita à região, destacando sua importância no equilíbrio climático global.
Além de debates e compromissos internacionais, a COP 30 promete deixar um legado de infraestrutura e conscientização ambiental para Belém e outras cidades da Amazônia. Equipamentos como o radar meteorológico fazem parte desse esforço, reforçando o compromisso da cidade em se preparar para os desafios climáticos do futuro.