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Belém pode ser palco de megashows internacionais? Com COP30 no horizonte, debate ganha força

Mesmo com histórico de grandes apresentações, capital paraense ainda enfrenta obstáculos para receber turnês globais; marca “Amazônia” pode ser trunfo para atrair astros da música mundial

O show de Lady Gaga em Copacabana, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas, reacendeu discussões sobre quais capitais brasileiras estão prontas para sediar eventos internacionais de grande porte. No Norte do país, Belém aparece como uma cidade com potencial evidente, mas que ainda não ocupa o espaço que poderia no circuito global de turnês. Agora, com a chegada da COP30 em 2025, a capital paraense volta ao centro do debate.

A expectativa é que a visibilidade da Conferência do Clima, somada ao apelo internacional da Amazônia, impulsione novos investimentos e atenções para a cidade. Dois eventos internacionais já estão confirmados neste ano: o festival Amazônia Para Sempre, que trará a cantora Mariah Carey, e o Global Citizen, que contará com Chris Martin, vocalista do Coldplay. Ainda que ambos os eventos tenham suas particularidades — o show de Mariah será flutuante, sem público presencial, e Chris virá sem a banda completa —, a escolha de Belém como sede mostra que há uma mudança em curso.

A capital paraense já provou, no passado, sua capacidade de atrair multidões para shows de artistas como Iron Maiden, Alanis Morissette, David Guetta, Scorpions, A-ha, Julio Iglesias, Donna Summer e até Shakira — que se apresentou por aqui em 1996. Eventos que reuniram milhares de pessoas e mobilizaram fãs de diferentes regiões do estado.

O que falta, segundo especialistas do setor cultural, é transformar esse histórico em política de incentivo. A infraestrutura ainda é um desafio — tanto em termos de grandes espaços quanto de logística e mobilidade. Além disso, as grandes produtoras tendem a privilegiar os eixos Rio-São Paulo-BH, onde os custos operacionais são menores e o retorno financeiro é mais previsível.

Mas Belém tem algo que poucas cidades no mundo possuem: a Amazônia. Uma marca de alcance global, associada à biodiversidade, à ancestralidade e ao futuro sustentável do planeta. Com o mundo de olho na região em função da COP30, artistas e instituições culturais podem ver no Norte do Brasil um novo e necessário palco para suas mensagens.

Belém tem um público caloroso, eventos históricos e um apelo cultural único. Com incentivo certo e planejamento, pode se tornar uma das capitais mais desejadas para grandes shows no Brasil.

Enquanto isso, o público paraense segue fazendo sua parte — com filas, ingressos esgotados e uma paixão que transforma qualquer show em um espetáculo à parte. Agora, com a vitrine mundial da COP30 se aproximando, talvez seja hora de usar a força da marca Amazônia para colocar Belém de vez no mapa dos grandes eventos internacionais.

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